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História da Minha Vida - Parte 2

Parte 2

12 de setembro de 2.009. 6h43min. Começo neste momento a escrever a parte dois a continuação de minha historia.

Nesta madrugada, acompanhei minha esposa ao aeroporto, seu vôo sairia às cinco horas da manha com destino a Goiânia, onde estamos residindo atualmente. Minha esposa esta passando, assim como eu e
todos os membros da família por momentos de bastante ansiedade. O motivo é o seu delicado estado de saúde. Hoje minha esposa esta com cinqüenta anos de idade, há algum tempo foi constatado pelo seu médico que ela estava desenvolvendo um mioma em seu útero. Seu médio esperava que ela estivesse na menopausa, e se ela estivesse não seria necessário fazer a cirurgia para a retirada do útero, mas os exames definiram que ela ainda não esta na menopausa e a retirada o útero será a forma de conter a perda de sangue que a levou ao estado de anemia que ela se encontra hoje.
Somente Deus sabe o porquê de todas as coisas e quem somos nós, ou quem sou eu um vaso para questionar ao Oleiro que fez a mim e a ela.
Seu grau de anemia esta no grau 8 segundo me informou seu medico. Disse Dr. Celso que o grau 11 na escala que mede anemia
já faz com que a pessoa necessite de tratamento, e que minha esposa
por um ponto a menos em seu exame caso acusasse 9 estaria
necessitando receber transfusão de sangue.
Este é o motivo de estarmos todos agoniados e pedindo a Deus por
minha esposa para que ela responda ao tratamento que iniciou nesta
sexta feira dia onze e que irá durar por três semanas.
Espero e peço a Deus que em sua misericórdia permita que minha
esposa se recupere da anemia com o tratamento, e que em breve
possa fazer a cirurgia e desta forma restabelecer a sua saúde, para
que possamos usufruir ainda por muito tempo um da companhia do
outro e tenhamos muitos momentos de Paz e Alegria, que com a
presença de Deus em nossas vidas possamos viver.
Será então mais um motivo para testemunharmos do poder e da
presença de Deus.
Sobretudo que seja feita a sua vontade Senhor.
Estou residindo em Goiânia atualmente, porque lá esta minha esposa
de quem sou a outra metade. Porem neste momento me encontro em
Cuiabá para onde vim no final do mês de agosto com o objetivo de
trocar a nossa casa por um caminhão.
Atualmente nossa subsistência e suprida pela renda de nossa
empresa. Sou membro da empresa, como vendedor, divido com minha
esposa a administração sendo ela o nosso financeiro, nosso filho mais
novo que chamamos carinhosamente de Juninho é o responsável pela
produção dos trabalhos.
A atividade desta empresa é desenvolver soluções para a internet e a
produção de sites (paginas para internet) Iniciamos esta atividade no
ano de dois mil e três, pouco antes de eu ser submetido a uma
cirurgia na qual ganhei oito parafusos de titânio em minha coluna,
historia que estarei contando nas próximas paginas.
Sempre acreditei no crescimento da internet, facilidades surgiram
para todas as atividades com o seu surgimento e muito ainda esta por
ser feito neste segmento.
Infelizmente têm ocorrido ao longo destes anos algumas situações que
nos tem desestimulado nesta atividade. Existe boa possibilidade de
retorno e de crescimento.
Diversos trabalhos foram vendidos, alguns alcançando valores
bastante expressivos, mas por questões das mais diversas, alguns
estão inacabados e alguns até abandonados.
Destes nenhum graças a Deus foi por falta de cumprimento de nossa
parte. Tudo temos buscado no sentido de alcançarmos nossa meta que
seria a criação de uma carteira mensal que desse a sustentação
necessária para a empresa, para o seu crescimento e através disso
para nossa sobrevivência. Ocorre que deveríamos já estar com esta
meta alcançada, pois já se passaram seis anos desde o inicio de
nossos trabalhos. Mas como disse anteriormente e estarei explicando
na seqüência, ainda não alcançamos a sonhada tranqüilidade
financeira até o momento.
Esta busca pelo equilíbrio é responsável por eu me encontrar agora
empenhado na compra deste caminhão que citei á pouco.
Quanto à compra do caminhão, não sei se isto irá se realizar porque
varias foram as tentativas neste sentido, mas até este momento não
aconteceu. Acredito que se Deus ainda não permitiu, é porque ou não
estamos preparados ou ainda não chegou o momento certo.
Tenho em minhas orações entregue tudo nas mãos de Deus e seja feito
segundo a sua vontade.
Irei neste momento pesquisar a respeito de como utilizar o painel de
instrumentos de um caminhão que talvez venha a ser a resposta de
Deus ao pedido que temos feito a ele.
Tenho pedido em minhas orações que Deus encaminhe para nós o que
possa nos trazer a renda necessária para vivermos com dignidade,
suprirmos nossas necessidades e honrarmos nossos compromissos.
Deus sabe que não ambicionamos alem disso.

Reinicio neste momento passados 37 dias sem escrever. Neste
período, estive acompanhando em Goiânia o tratamento de minha
esposa que graças a Deus já esta quase recuperada da anemia.
Depois de relido o conteúdo anterior, agora são 19h07min h. dia 16
de outubro de 2.009.
Sempre desejei que Deus estivesse comigo em tudo que me orientasse
e me ajudasse a fazer meus trabalhos e tudo o mais. Mas sempre me
perguntei, será que Deus esta comigo?
Como saber se estamos sentindo realmente a presença de Deus em
todos os momentos? Vivemos em constante questionamento a este
respeito. Estamos realmente sentindo a presença de Deus?
As vezes nos parece que estamos convictos de sua presença e outras
vezes ficamos em duvida, porque isso acontece? Porque somos tão
instáveis nesta certeza? Será que você que esta lendo pode afirmar
que Deus esta com você e você com ele neste momento?Este tipo de
duvida nos leva em busca de uma resposta, onde poderemos
encontrar a resposta? Na Bíblia é que deveremos procurar a resposta.
Sobre o assunto que eu estava conversando ao MSN com minha
esposa, ao ler a bíblia encontraremos varias passagens relacionadas
a riquezas e Deus através dos profetas orientando aos homens que
devolvam parte das bênçãos que recebem, este gesto parece ser um
elo que une Deus a estas pessoas com as quais tinha um contato mais
intimo. Refletindo neste assunto sempre me perguntei o porquê deste
ato da devolução, sabemos que Deus não precisa de riquezas porque
todas as coisas foram criadas por ele e a ele pertencem. Muito me
perguntei sobre este assunto e penso ter encontrado uma resposta. O
ato as devolução, seria na minha maneira de pensar, uma forma de
nos desprender das coisas materiais, pois as coisas que pertencem ao
mundo material nos tornam prisioneiros deste mundo e desta forma
ficamos presos no material e afastados do espiritual. Confesso que
nunca tive facilidade em ser praticante deste gesto da devolução.
Tento praticar este gesto porque tenho consciência da importância,
mas até agora não tenho conseguido com regularidade, sempre as
prioridades acabam levando o dinheiro que recebo, e não raro ainda
falta. Espero que um dia consiga com a Ajuda de Deus pagar as
dividas suprir as necessidades e conseguir devolver regularmente.
Bem que tal voltarmos à autobiografia?
Quando parei de contar a historia, eu estava falando da nova casa
com a qual Deus nos havia presenteado, e como era melhor que a casa anterior.
Estávamos novamente com uma bela casa. Eu havia descido ao fundo
do poço e com a ajuda de Deus estava ressurgindo.
Sentia agora a presença de Deus em minha vida e percebi o valor das
bênçãos que já possuía e que não havia valorizado.
Estar vivo já é uma grande benção, ter saúde já é uma grande
benção, ver nossos queridos da mesma forma também é uma grande
benção.

Desta forma, como tudo na vida esta em constante movimento
seguimos adiante em nossas vidas. Fazes boas nos levam a não
perceber o passar do tempo e assim o tempo passou. Continuei
vivendo a vida agora da maneira certa e estava feliz novamente,
pois havia voltado a sentir a presença de Deus em minha vida, até
meu relacionamento intimo com minha esposa foi abençoado,
percebem como Deus pode atuar em nossas vidas?
Tudo correu dentro da normalidade por muitos anos e irei dar um
salto no tempo dentro da historia. Percebem que quando a vida
transcorre normalmente e temos tudo o que precisamos os detalhes de
um dia a dia normal perde o motivo para ser descrito?
Não que os detalhes de uma vida normal não tenham importância,
pelo contrario, é tudo o que buscamos e o que precisamos.
Isso é viver a vida, mas se eu fosse contar nosso dia a dia normal
de todos aqueles anos que tudo transcorreu bem e na Paz de Deus, eu
iria ocupar varias paginas contando sobre um dia a dia normal, será
que você teria interesse de continuar a leitura? Cabe aqui uma pergunta,
porque nos atrai o relato de tragédias mais do que o relato de bons momentos?
Quando digo que tudo transcorria na mais perfeita ordem, digo no âmbito pessoal e familiar.
Quanto aos acontecimentos do mundo, aguardamos ainda que no futuro
venha a existir a mais perfeita ordem.
Ao estarmos vivendo dentro da graça de Deus não quer dizer que as
coisas não nos atinjam, por exemplo, quando sobe o preço do
combustível e temos carro o nosso custo também irá subir como para
todos e assim estamos também sujeitos aos acontecimentos globais, à
diferença é que, quando sentimos a presença de Deus isso nos
capacita a enfrentarmos a qualquer situação com maior possibilidade
de sermos bem sucedidos.
Estando sem a presença de Deus somos abatidos, muitas vezes por
situações não tão difíceis de solucionar.
Pois bem, estávamos trabalhando como de costume e então
novamente surgiu uma oportunidade. Como podem perceber durante
minha historia eu nunca desperdicei oportunidades.
Mas estou sendo inspirado a dizer que cabe aqui um alerta, seria a
oportunidade também uma prova?
Será que quando surge uma oportunidade muito boa, não poderia ser
um teste para medir nossa ambição?
Sabemos que a ambição quando não esta dentro de limites se origina
no lado escuro e não do lado da luz que vem de Deus nosso Senhor.
Naquela ocasião, percebo agora ao escrever, que teria sido uma
prova, e eu aceitei a oportunidade sem ter percebido isso.
Estávamos diante de um convite que poderia nos proporcionar uma
renda anual próxima de U$ 400.000,00 (quatrocentos mil dólares) ao ano.
Acredito que para alguns este valor não represente um valor alto.
Mas para mim que comecei como engraxate era um valor muito alto.
Então mãos a obra, é serviço estou dentro tem desafios esta me
motivando será bom o retorno… então fechou não posso deixar passar.
Meus queridos que maneira idiota a minha de pensar quando raciocinei desta forma.
Deveria ter me perguntado, estou precisando disso? Será que vale o esforço e o
sacrifício que vai exigir?
Infelizmente não nos fazemos estas perguntas.
Por isso muito cuidado! Já conquistou sua zona de conforto?
Então pense bem diante de oportunidades imperdíveis. Pode ser uma
prova e você pode reprovar assim como eu reprovei, e não quero mais reprovar.
A oportunidade que estava surgindo nesta ocasião, trazia um volume
descomunal de trabalho. Mas como eu nunca tive medo de serviço aceitei.
Vou resumir porque sei que ocuparia muitas paginas para descrever
todos os detalhes e situações que vivemos durante o processo de
produção deste trabalho.
Neste projeto estiveram envolvidos todos os membros da nossa equipe
normal e mais um numero sem conta de outras pessoas. Um barracão
de porte industrial foi alugado para dispormos de espaço para a
produção, chegamos até a ocupar um ginásio de esportes em uma
determinada etapa da produção, alem dos barracões.
Foram em torno de noventa dias de trabalho, quase que ininterruptos,
pois parávamos somente aos Sábados. Trabalhávamos direto até
mesmo a noite em algumas etapas sob sol e chuva, não havia
descanso. Mas conseguimos concluir. Nosso sucesso foi devido ao
espírito de equipe que uniu a todos e que existiu durante todo o processo.
Todos derramaram até não mais poder seu suor.
Então ao estarmos concluindo todos os trabalhos, ao invés de me
sentir feliz como seria normal. Ao concluímos a etapa final do
trabalho meu espírito se encheu de um sentimento inexplicável, como
se uma certeza de que algo muito ruim estava acontecendo.
Eu não queria acreditar naquele sentimento.
Mas eu não estava enganado. Ao me reunir com o contratante para
fazer o encontro de contas e receber pelos trabalhos e poder pagar a
todos os envolvidos, nosso contratante se esquivou, transferiu para
mais alguns dias nosso acerto. Ficou combinado que faríamos o
acerto ao retornar a Curitiba, mesmo antes do dia marcado entrei em
contato por telefone com seu escritório e me informaram que nosso
contratante estava viajando, ele havia ido receber em uma das
cidades os serviços que havíamos feito. Tive que esperar. Na segunda
feira um dia antes da data marcada, passados já em torno de quatro
dias não consegui esperar mais estava agoniado para pagar as
pessoas que haviam trabalhado, fui ao escritório de nosso contratante
e grande susto eu levei, até pensei que poderia estar sendo uma
brincadeira quando a secretaria me informou que ele, havia se
casado naquele final de semana e haviam partido em lua de mel para
os Estados Unidos. Ela me disse que ele não havia informado uma
data para retornar.
Piada ou brincadeira, aos poucos tive que aceitar, não era nenhum
dos dois era sim um monstruoso problema.
Quando esta pessoa iria voltar? Sem previsão! Como vou fazer para
pagar os trabalhadores?
Minha reação foi ir embora para casa para refletir, fazendo isso
minha primeira providencia foi listar tudo que eu poderia vender para
levantar dinheiro. E assim eu fiz, à medida que vendia alguma coisa
pagava um pouco pra cada um. Vendi o carro que havia comprado a
pouco e estava semi-novo, um terreno no litoral, até telefones eu
vendi, naquela época eles tinham um valor razoável e ainda possuíam
ações que também eram bem valorizadas. Tudo isso fui vendendo e
assim pagando aos credores. Mas eram muitos os credores.
Cheguei a ser ameaçado por um fornecedor. Ele havia nos fornecido
um único produto, talvez até o de menor valor, portanto o valor não
justificava a ameaça. Talvez ele tenha agido desta maneira por não
me conhecer e termos tido pouco contato. Eu pedia a todos que
compreendessem que a situação não era culpa minha.
Eu estava procurando resolver, não fiz questão de manter nada de
minha propriedade, e iria pagar a todos, vendia tudo que podia e
também oferecia aos credores o que quisessem escolher para quitar minha divida.
Esta pessoa que havia me ameaçado, o fez por telefone, eu
imediatamente mandei que viesse cumprir com a ameaça.
Eu fiquei esperando, informei aos meus familiares o que estava
acontecendo e pedi que ninguém nem sequer saísse de casa, caso esta
pessoa viesse realmente, para não correrem risco ou me atrapalhar
na minha defesa.
Eu possuía uma arma em casa, mas não quis me armar, acreditei que
Deus me protegeria, quando esta pessoa chegou, ela não me mostrou
arma alguma, iniciou um dialogo já com um tom mais ameno apesar
da sua irritação. Novamente expliquei a situação e disse a ele para
escolher o que quisesse de meu escritório, que tivesse um valor
proporcional ao que eu lhe devia na época o valor de seu credito
seria equivalente ao valor de um aparelho de fax.
Imediatamente ao ver a possibilidade de obter algo com valor muito
superior ele olhou apontando para um computador que valia em torno
de 10 vezes o valor de seu credito. Não poderia concordar em seguida
ele apontou para um aparelho de tocar CD foi quando surgiu este tipo
de aparelho e era a sensação do momento, apesar do valor do
aparelho ser ainda muito superior ao valor do debito, pensei comigo!
Deixa que leve… eu queria acabar logo com aquele constrangimento.
Neste momento ouvi um choro de criança meio sufocado por causa da
conversa. Era minha filha, quem estava chorando, ela ainda muito
pequena sem eu perceber estava na porta vendo tudo aquilo. Quando
concordei em entregar o aparelho de CD ela havia começado a
chorar. Ainda me entristeço muito ao lembrar, enche meus olhos de
lágrimas a lembrança da expressão no rosto de minha filha.
Então preocupado perguntei a ela o que estava acontecendo? Por que
estava chorando? Pensei que era por causa do aparelho e iria dizer
que depois eu compraria outro, mas ela apontando para o toca CD
me disse que ali dentro estava o CD de musicas infantis que ela havia
ganhado de presente.
Se tivesse sido este o único desgosto que resultou deste trabalho, já
não teria valido a pena.
Agora nestes dias que estou relembrando meu passado para escrever
comentei com ela se ela se lembrava daquele acontecimento, pela sua
resposta pude perceber que ela não ficou traumatizada com aquilo.
Eu sou quem devo ter ficado traumatizado, nem sei como explicar o
porquê não consigo até hoje evitar que meus olhos se encham de
lágrimas com esta lembrança da expressão de seu rosto.
Muitas situações difíceis aconteceram por conta deste trabalho.
Não foi justo não termos recebido o pagamento, todos se esforçaram
muito. Era muito bonito o sentimento que unia a equipe e a amizade
que se estabeleceu entre todos nós. Assim como ficou muito grande o
sentimento de revolta em todos. O trabalho era destinado a três
Shoppings um em cada cidade. O ultimo trabalho era na cidade mais
distante e estávamos hospedados em um hotel.
Foi ali o ultimo contato que tive com o cliente que não nos pagou.
Os Funcionários ao se darem conta do que estava acontecendo
ficaram revoltados e solidários a mim pela situação na qual eu me
encontrava e por isso queriam agredir a nosso contratante.
Um destes funcionários ficou desnorteado a tal ponto que acreditem
se quiser no que ele fez.
Eu não conseguia imaginar que pudesse acontecer em algum dia de
minha vida uma situação como aquela.
Quando percebi que a situação poderia se agravar ainda mais, caso
houvesse uma agressão ao devedor, eu tive que tomar uma
providencia. Com muito custo e a ajuda de alguns companheiros
conseguimos trancar o funcionário mais enfurecido no quarto do hotel.
Avisei na portaria o que estava acontecendo e pedi aos funcionários
do hotel que não abrissem a porta do apartamento em hipótese
alguma, disse a eles que pagaria qualquer dano que pudesse ser
causado aos moveis do apto caso fossem quebrados pela fúria
incontida do funcionário, Paulo era seu nome. Fui tomar as
providencias para retornarmos para casa quando fui avisado que o
Paulo havia saído pela janela do apartamento que ficava num andar
bastante alto do hotel, ele havia pulado para a sacada do
apartamento que ficava no andar de baixo, e havia saído do hotel e
estava a caminho para agredir o devedor.
Vejam então, muitos anos já se passaram até este momento que estou
contando esta historia hoje me pergunto… valeu a pena tudo isso?
Mesmo se tivesse recebido o pagamento integral, não teria justificado
tudo isso.
Agradeço a Deus porque não acabou em tragédia esta que foi uma
prova na qual eu devo ter sido merecedor de uma nota ZERO pela
minha ambição e não ter pensado melhor antes de aceitar aquele
trabalho.
Teria sido muito melhor não ter aceitado aquele trabalho, minha vida
teria seguido seu curso dentro de uma zona de conforto que me
encontrava anteriormente.
Este problema refletiu mais ainda em minha vida, pois o trauma de
toda esta situação me desanimou a tal ponto que, havia passado já
algum tempo e eu estava improdutivo e não queria mais permanecer
na cidade onde morávamos. Não conseguia mais acreditar que ali
pudesse ser o meu lugar, acabei atribuindo a cidade tudo aquilo e não
me dedicava a mais nada que não fosse somente conseguir mudar
para outro local e apagar da minha lembrança aquele acontecimento.
Agora é 00h03min da madrugada do dia 17 de outubro vou parar e
recomeço amanha se Deus quiser.
Relido o que escrevi no dia anterior agora são 10h11min. e dou
continuidade a historia.
Hoje é Sábado e neste dia procuro me dedicar a fortalecer minha
relação com meu criador.
Algum tempo passou até que depois de muito me empenhar e pedir
que Deus me desse uma nova oportunidade, que Deus me desse um
novo recomeço em outro lugar.
Deus me atendeu e consegui fazer a troca de minha casa por outro
imóvel na cidade de Cuiabá.
Esta cidade foi uma escolha feita por minha esposa entre as opções
que eu sugeri a ela. Sua escolha foi motivada pelo fato de em Cuiabá
residir parte de seus familiares.
Então vamos lá, negocio fechado com nossa casa, rumamos para Cuiabá.
Estávamos em Cuiabá e meus planos de trabalho eram bem menos
ambiciosos havia sofrido pela ambição e agora desejava somente
poder sustentar a família.
Pensava em trabalhar sozinho, iria arranjar algum espaço que fosse
suficiente e não mais que isso, esta era minha meta.
Já estávamos residindo na nova cidade nossos recursos financeiros
haviam se esgotado e eu estava usando dinheiro emprestado, estava
usando o limite do cheque especial de um cunhado chamado Marcos.
Não tenho citado nomes de todos os parentes nesta historia e
aproveito para explicar porque, se fosse citar o nome de todos, seria
então mais difícil contar minha historia de forma mais resumida.
Sobre minha família digo que, como meu cunhado todos os nossos
parentes, são pessoas muito queridas.
Eu precisava de trabalho e estava ciente que aquela situação não
poderia se prolongar havia tomado providencias para recomeçar as atividades.
Tínhamos trocado a casa de Curitiba por um a apartamento onde nós
iríamos morar. Eu havia alugado uma pequena meia água onde seria
meu novo local de trabalho, e procurei a pessoa com quem troquei
minha casa, para receber uma parcela do saldo de pagamento.
Esta pessoa se chama Geraldo, ele me ofereceu um barracão, e disse
que, haviam funcionado ali por muitos anos uma das maiores
empresas da cidade no segmento que eu atuava, ali havia funcionado
por muitos anos uma empresa de luminosos.
Será que seria apenas mais um mero acaso do destino?
Então o Geraldo me ofereceu para que eu alugasse o barracão.
Lembrem que eu estava acabando de sair de uma desagradável
experiência resultante da ambição.
Minha resposta foi não, não desejava e nem tinha condições para
assumir um compromisso tão grande, pois este era um grande
barracão e estava fora da minha realidade poder pagar o valor de seu
aluguel. Passou algum tempo e novamente em um encontro com o
Geraldo para receber o restante do pagamento de nossa casa, surgiu
novamente o assunto do barracão, o Geraldo estava me oferecendo o
barracão novamente e dizendo que dentro do barracão estavam
praticamente todos os maquinários da firma de luminosos que ali
ficaram como pagamento no acerto dos alugueis devidos pelo seu inquilino.
Olha ai a oportunidade, local e ferramentas para fazer os trabalhos.
E agora o que devo fazer? Seria outra prova? Mas desta vez pensei e
pedi a Deus que me orientasse, pois as oportunidades também nos são
dadas por Deus para o nosso bem, cabe a nós estarmos preparados
para administrar o que recebemos.
Agora eu já estava mais cauteloso e aguardei que Deus me orientasse,
então raciocinei e conclui que estava fora do meu alcance. Mas
pensei o seguinte, e se o Geraldo se dispusesse a entrar junto comigo
como sócio. Ele entraria com o barracão e as ferramentas e eu com o
trabalho e conhecimento técnico. Pensei comigo, será que o Geraldo
aceitaria? Então Perguntei a ele em nosso próximo encontro. Quando
fiz esta pergunta ele me respondeu que o supermercado que possuía
ocupava todo o seu tempo.
Eu havia dito ao Geraldo que se ele tivesse tempo e estivesse como
sócio poderíamos abrir a empresa e iniciar as atividades.
Não muito tempo passou e o Geraldo vendeu o ponto e as instalações
do mercado e deixou o prédio do mercado alugado.
Surgiu então a disponibilidade de tempo. Já estávamos nos
relacionando bem, o Geraldo, é uma pessoa muito experiente, havia
sido diretor de uma grande rede de supermercados, e sabia como
lidar com as pessoas.
Estava tudo certo então definimos o nome, a nova empresa iria se
chamar Rainha Comunicação Visual, este nome eu tinha em mente
desde algum tempo atrás, meu pai em um de nossos últimos encontros
havia redigido um contrato social para mim era uma empresa que eu
pretendia abrir com este nome, em memória a ele eu escolhi este
nome novamente e o Geraldo havia gostado do nome.
Disse ao Geraldo que no inicio não deveríamos esperar grandes
resultados, que provavelmente demoraríamos por volta de 90 dias
para começarmos a ter algum retorno. Eu já estava há algum tempo
sem renda e minhas reservas não seriam suficientes, para minhas
despesas que ainda não poderiam ser supridas pela empresa. Para me
ajudar o Geraldo foi me emprestando dinheiro durante este período.
No inicio eu trabalhava como vendedor durante o dia e como
executor dos trabalhos à noite. Assim foi indo até que tivemos
condições de contratar alguém contratamos primeiro um ajudante
depois um motorista, compramos uma caminhonete para a empresa e
assim foi indo. Devo ao Geraldo este novo recomeço a ele e a Deus
que o colocou em meu caminho.
Tudo foi se encaminhando e começamos a obter resultados o
resultado estava sendo suficiente para cobrir os custos, e para minha
despesa. Para o meu sócio não era tão interessante o resultado.
A Despesa do Geraldo não era suprida somente pela Rainha nosso
faturamento não seria suficiente ele tinha outras fontes de renda.
Estávamos dentro de um razoável equilíbrio financeiro, porem sem
grandes resultados. Investimentos se faziam necessários para
crescermos. Fizemos então um balanço da situação e ficou concluído
que os resultados não eram interessantes, menos ainda para meu
sócio, por isso pensamos na possibilidade de fechar tínhamos
compromissos e a previsão de entrada que tínhamos iria cobrir
somente as despesas e até teríamos que arcar com mais algum
dinheiro do bolso caso decidíssemos encerrar as atividades da empresa.
O Geraldo tinha um conhecimento menor do processo talvez não se
sentisse muito a vontade com isso. A esta altura a renda não era a
esperada e compensadora para o meu sócio. Para mim, mantinha a
minha despesa eu não teria outra opção que fosse melhor.
Diante disso meu sócio me ofereceu sua parte da sociedade caso eu
não desejasse a desativação. O Geraldo como sempre foi muito bom e
ajudou a que eu mantivesse a empresa, parcelou o que eu teria que
devolver a ele e por vezes esperava para receber o aluguel.
Ele nunca nos tirou a paz pelos atrasos do aluguel.
O Geraldo foi mais uma bênção que Deus nos deu neste mundo.
Lamento muito pelas vezes que posso não ter sido com ele tão cordial
como ele sempre foi comigo. Mas infelizmente não continuamos
sócios. O Geraldo teve um problema de saúde naquela ocasião e isso
complicou um pouco. Quanto ao seu problema de saúde, Deus teve
compaixão dele e pelos seus méritos e de seus queridos ele superou e
hoje esta muito bem graças a Deus.
Continuei com a empresa passou mais algum tempo e começamos a
colher melhores frutos de nossos esforços. Mais um funcionário mais
dois mais três e já estávamos com perto de dez funcionários. Tudo
caminhando dentro de uma zona de conforto por um bom tempo.
Surgiu novamente outra oportunidade, quando escrevo que surgiu
uma nova oportunidade parece uma piadinha não é?
Mas não. Eram novamente muitos serviço e valores altos estavam na
mesa de negociações.
Eu já estava numa condição de conforto, mas lutando com as
dificuldades de mercado e sofrendo limitações e até retrocessos
originados pela administração publica da cidade.
Há algum tempo estava consciente que teria que me readaptar e seria
esta uma oportunidade para esta readaptação.
Aconteceu que nesta faze de minha vida eu estava novamente um
tanto afastado de Deus e vivendo a vida fora do caminho da Luz.
Contei anteriormente como foi que havia deixado de fumar e de
beber, assim fiquei por aproximadamente dez anos, mas havia voltado
a estes hábitos.
Já estava em Cuiabá há alguns anos e aos poucos eu havia voltado a
beber, um aperitivo na churrascaria e assim fui recomeçando.
Fiquei bastante tempo ouvindo brincadeiras da família porque
tomava cerveja sem álcool, diziam que eu estava tomando água de
chuchu e que não tinha sabor.
Então aos poucos uma cerveja com álcool aqui e outra ali e quando
me dei conta já estava novamente com um cigarrinho hoje outro
amanha e daí uma caipirinha, foi surgindo uma batidinha disso ou
daquilo que legal… agora eu era mais popular nas nossas reuniões
familiares.
Mas sem perceber minha sensibilidade para perceber as armadilhas
do inimigo estava diminuindo. Assim foi indo, quando me dei conta eu
estava novamente me envolvendo com outras mulheres.
Estava pronta a formula para a minha queda. Podia o inimigo me
fazer cair, eu estava afastado de Deus pelos meus atos e insensível a
sua orientação, ficando sem a sua proteção.
Não culpo e não devemos culpar outras pessoas por nossos fracassos
existe de tudo no mundo e a escolha é nossa, e eu fiz escolhas erradas.
Estivesse eu me comportando da forma correta não teria sido vitima
desta oportunidade que havia surgido e sim tirado um grande
proveito.
Morávamos em uma casa alugada, nosso apartamento que foi trocado
com o Geraldo na ocasião de nossa vinda para Cuiabá ficava distante
do trabalho então eu o havia trocado por uma caminhonete.
Esta percebendo como as coisas acontecem sem que nos demos
conta?
Já não tínhamos mais nossa casa e pagávamos aluguel novamente.
Dediquei-me extremamente e consegui fechar o contrato daquele
grande volume de trabalho. A produção deste trabalho necessitava de
calculo estrutural normalmente era eu mesmo quem fazia os projetos,
posteriormente explicava aos engenheiros como pretendia executar o
trabalho e eles calculavam o meu projeto e diziam se estava correto
ou não. Até esta ocasião não me recordo de nenhum projeto que eu
desenvolvi que tenha vindo a dar problemas.
Em minha maneira de projetar eu sempre super-dimensionava as
estruturas priorizando a segurança, mas isso elevava o custo de
produção. Mesmo assim eu preferia trabalhar desta forma, mesmo
que reduzindo minha margem de lucro, eu preferia um lucro menor,
mas com tranqüilidade, trabalhando desta maneira tinha certeza que
não haveria nenhum problema.
Neste projeto minha maneira de trabalhar utilizando material alem do
necessário inviabilizou o valor que era proposto pelo cliente.
Então fui perguntado se haveria alguma forma de viabilizar um custo
menor eu respondi que acreditava que sim eu estava ciente que meus
cálculos e minha maneira de projetar elevavam o custo.
Eu sabia que aplicava o conhecimento pratico, e não somente o que
era necessário com base em normas da Abnt tabela que determina a
aplicação de matérias, com base nesta tabela seria menor a
quantidade de material e isso poderia viabilizar um custo menor.
Já estávamos nesta ocasião ocupando um espaço de destaque e com
vários trabalhos de grande porte executados na cidade, havíamos nos
tornado uma referencia de qualidade em nosso segmento. Estávamos
enfrentando dificuldades devido a interesses pessoais de
administradores da prefeitura local. E isto estava nos forçando a
buscar alternativas. Por este motivo me empenhei ainda mais em
viabilizar o fechamento deste contrato. Pedi então a nossa engenheira
que fizesse um projeto de forma a aplicarmos somente o necessário de
matéria prima. Assim ela fez e me apresentou seus cálculos.
Produzi então um protótipo do produto comparei as torres de
sustentação com as torres utilizadas em grandes barracões e imaginei
que suportaria bem, se estava dentro das normas então estaríamos seguros.
Utilizando o custo definido pelo calculo que havia sido feito dentro
das normas o custo foi reduzido e viabilizou o fechamento.
Então mãos a obra. Os trabalhos deveriam ser instalados em um prazo de 90 dias.
Seriam instalados em 18 cidades que ficavam num raio de 3.000 km.
Nesta ocasião eu já possuía uma equipe grande a qual tive que
aumentar ainda mais, possuía um caminhão Volvo 360 com carreta,
que utilizávamos para transportar nossos materiais, comprei um
ônibus antigo que pertencia à banda de uns sobrinhos e serviria como
meio de transporte para os trabalhadores e também como alojamento.
Alem de uma picape Kombi e outros veículos e caminhonete de meu uso pessoal.
Estávamos iniciando agora uma nova etapa. Iríamos produzir painéis
rodoviários. Minha intenção era entrar neste segmento com um
grande diferencial de qualidade e uma nova proposta que até hoje
ainda ninguém aplicou. Cheguei a participar de rodadas de negócios
promovidas pelo Sebrae em viagem que fiz ao exterior onde levei esta
minha nova proposta de produção para painéis rodoviários. Estive no
Chile e na Bolívia e encontrei grandes possibilidades, propostas de
parceria para este novo sistema de propaganda.
Era o que precisávamos, teríamos obtido um crescimento
astronômico, se esta etapa de implantação estivesse sido concluída.
Este primeiro projeto serviria de amostra.
Mas como comentei, eu estava vivendo a vida porem não mais da
maneira correta, agora já estava afastado do caminho certo novamente.
Parte do projeto estava concluída eu mesmo havia dirigido à carreta
e levado o primeiro lote de seis painéis. Acompanhei as instalações
em duas cidades e na terceira cidade após estar descarregado o
caminhão eu deixei a equipe terminado e retornei a Cuiabá.
Passado alguns dias recebi uma ligação de uma das cidades onde
haviam sido instalado dois destes painéis. Fui informado que havia
ventado muito na cidade, muito alem do normal, o vento havia feito
cair postes e arrancado telhados e que por este motivo um dos nossos
painéis havia caído. Fiquei preocupado como seria normal que
ficasse, pois haveria custo. Eu estava seguro quanto a ter tomado as
precauções, executamos a estrutura segundo o projeto. Havia sido
feito o calculo estrutural por uma pessoa habilitada. Pedi então à
engenheira que havia feito o calculo que me orientasse, qual seria o
procedimento para justificar ao meu cliente, ela me informou o que
deveria ser feito, então pedi a ela que preparasse o memorial
descritivo dos painéis. Mesmo antes de ser chamado a dar
explicações, pois o cliente ainda não havia entrado em contato.
O vento havia sido de grandes proporções eu acredito que se tivesse
caído somente aquele painel eu não teria tido problemas.
Continuamos a produção. Recebo então outra ligação, agora de outra
cidade que também informava a queda de outro de nossos painéis. Eu
que já estava preocupado fiquei ainda mais. Pedi novamente para a
calculista agilizar os documentos para eu poder justificar ao cliente.
Eu queria me antecipar a uma cobrança. Foi então que recebi da
engenheira uma noticia que tirou o chão de debaixo dos meus pés.
Pode imaginar qual seria a noticia?
Ela me disse que ao conferir seus cálculos percebeu que havia
cometido um erro de calculo. Não sei quem criou a expressão saia
justa e acredito que somente as mulheres saibam a sensação de
desconforto de uma saia justa.
Nem sei ao certo qual a expressão que eu poderia usar para definir a
situação que estava diante de mim.
Muitos poderiam dizer palavrões, estou isso! ou estou aquilo eu
nunca falaria uma frase como falam por ai, pois sou contra palavrões.
Mas realmente estava com um baita problema, eu nem poderia ter
noção naquele momento do tamanho do problema.
Pois bem me pergunto o seguinte, será que se eu estivesse no caminho
certo conforme Deus nos recomenda eu teria sido vitima desta situação?
Não causei nenhum dano à carreira da engenheira que cometeu o
erro apesar de muitas pessoas não compreenderem porque eu não fiz isso.
Não fiz porque penso da seguinte forma, procuro primeiramente em
mim se eu poderia ter evitado.
Se eu não deveria estar mais aplicado ao trabalho, porque eu me
ocupei com outras coisas.
Penso que foi devido ao meu afastamento do caminho da Luz, eu
estava anestesiado pelos desejos e prazeres da carne e insensível a
presença do espírito de Deus que poderia ter me livrado.
Eu como responsável deveria ser o ponto forte. Mas não estava
sensível para perceber o alerta que Deus sempre nós da, para nos
livrar quando estamos andando no caminho de sua luz.
Este fato ocorreu por voltas do ano 2000 aquela que poderia ter sido
uma época de bênçãos, foi um tempo de novas provas e nova
reprovação.
Devo ter tirado um 0 “zero”como diz na escola um ó de admiração. Deus
novamente lia meu boletim com baixo índice de aproveitamento.
E fácil quando transferimos aos outros a culpa por nossos fracassos
Mas se fizermos uma auto analise iremos constar que sempre nos
caberá em todos os nossos fracassos uma parcela de culpa, muitas
vezes nem nos mesmos percebemos a nossa culpa.

Acabou ai uma faze de tranqüilidade e começou outra etapa de expiação.
Pergunto-me será que aprendemos com as lições e conseguimos
deixar de cometer erros?
Concluo que apenas conseguimos guardar conhecimento e manter na
memória este conhecimento se estivermos iluminados pela presença
do Espírito Santo de Deus.
Ao contrario disso quando nos afastamos de Deus sempre nos
deparamos com situações difíceis, por vezes semelhantes a outras
situações que já tivemos que administrar em outras épocas de nossas vidas.
Eu estava novamente desanimado fui aos poucos desativando a
empresa e abandonando esta atividade.
Possuía o caminhão que poderia ser uma alternativa para manter
minha família, mas estava sufocado pelo compromisso de terminar
aquele trabalho e para isso tive que me desfazer daquele caminhão.
Demorei quase um ano para concluir aquele trabalho que deveria ter
demorado 90 dias. Ao invés daquele trabalho ter me elevado para um
patamar mais alto me arremessou ao chão.
Depois de concluído este trabalho precisei permanecer ainda na
atividade por mais algum tempo, por causa dos compromissos e dos
funcionários. Por fim já havia desativado e estava procurando uma
forma de obter renda.

 Lembrei que eu havia conversado com meu cunhado sobre uma atividade que ele estava pretendendo implantar na sua empresa.
A nova atividade seria à implantação de um departamento de
serigrafia como esta era uma área onde trabalhei por muitos anos ele
estava me convidando a participar.Iniciamos as pesquisas para dar andamento ao projeto, mas durante as pesquisas percebi que ainda não era o momento econômico adequado. Devido ao investimento que seria necessária para esta implantação, e eu não dispunha de recursos para tal investimento.


Mas já havia me decido eu havia entregado aos funcionários o nosso
barracão e ferramentas para dar uma oportunidade a eles e esperava
que pudessem ser bem sucedidos.
O que iria fazer agora? Conversando com meu cunhado ele me disse
que existia uma necessidade de abrir uma filial para atender outra
região. Eu me propus a abrir esta filial.
Fui então trabalhar como empregado de minha irmã e meu cunhado,
eles estavam com projetos de crescimento e pensei em ser útil a eles e
assim suprir nossas necessidades de sobrevivência.
Havia um desafio nesta proposta de trabalho e foi também este o
motivo de eu ter aceitado. Iríamos abrir uma filial da empresa deles
na cidade de Londrina. Lá vou eu então, mangas arregaçadas a
prospectar mercado.
Era minha a função identificar o local onde seria o escritório e tomar
todas as providencias. Ao me dirigir para a cidade de Londrina com
esta finalidade paramos em uma cidade próxima para dormir comprei
um jornal da região, me informei de valores de locação através dos
anúncios e até selecionei alguns anúncios para ir avaliar os locais no dia seguinte.
Então naquela noite pedi a Deus que tivesse misericórdia e me
conduzisse ao local onde seriam atendidas as nossas necessidades,
que pudéssemos abrir o escritório e servisse também para residir.
Amanhecendo o dia estava já a caminho da cidade e fui procurar os
endereços selecionados, eu estava dirigindo e prestando também
atenção nas placas de aluguel por onde estávamos passando.
Já havíamos olhado alguns imóveis, mas nenhum que se adequasse á
nossa necessidade.
Pretendia fazer um telefonema, eita palavra antiga né! Hoje falamos
apenas ligar ou fazer uma ligação… Pois bem queria pedir algumas
informações
Estacionei próximo a um telefone publico e enquanto fazia a ligação
olhando para os lados percebi uma placa de aluga-se em uma casa
um pouco mais a frente. Aproveitei e liguei para o numero que estava
naquela placa, mas somente por curiosidade, pois olhando somente
por fora eu podia imaginar que o valor do aluguel estaria fora de
nossa previsão, ao ouvir no telefone o valor do aluguel fiquei
pensando que poderia ter havido um engano, aquela casa não poderia
estar tão barata, então chamei minha esposa no carro pra ela olhar,
quando falei o valor ela teve a mesma reação que eu, me disse você
não ouviu direito não deve ser este o valor esta casa deve ser muito
mais cara, respondi a ela, só existe uma forma para termos certeza,
fui até a imobiliária e perguntei pessoalmente.
Agora devo refletir, eu não havia pedido a Deus que me conduzisse ao
local onde seriam atendidas as nossas necessidades?
Então Deus como é de costume teve a atitude de um pai amoroso,
estava atendendo ao meu pedido, ali estava o que eu havia pedido,
sem perceber ao ter parado ali perto para telefonar, lá estava à casa
que precisávamos e dentro do valor que estava previsto em nosso
orçamento.
Pense um pouco comigo.
Recentemente estive me perguntando a respeito dos relatos sobre o
povo de Deus na época que Deus os tirou da escravidão no Egito,
quantas vezes Deus se manifestou perante seu povo e os Egípcios
naquela ocasião, quanto poder foi usado para libertá-los.
Não bastasse isso abriu o mar, fez cair o Maná para que pudessem se
alimentar durante sua viagem. Colocava uma nuvem durante o dia o
uma chama de fogo durante a noite para lhes indicar o caminho e
mesmo assim, estando Deus com eles o tempo todo e fazendo muitos
milagres, este povo não conseguia andar no caminho certo, no
caminho da Luz. Revoltavan-se e afastavan-se de Deus com
freqüência e por isso acabavam sofrendo por seus erros.
Pensando sobre a conduta daquele povo até fiquei irritado.
E agora escrevendo minhas memórias percebo que eu também me
comportei como aquele povo por inúmeras vezes.
Ao ler esta historia que estou contando posso perceber que Deus
sempre teve misericórdia de mim.
Mesmo assim quantas vezes me afastei e sofri as conseqüências.
Porque é tão difícil nos mantermos no caminho da Luz?
Quando muito conseguimos não nos afastar demais, e acabamos
sofrendo novamente até corrigirmos os erros cometidos retornarmos
ao caminho e então recomeçamos novamente.
Estava contando sobre como encontramos a casa para alugar. Não
tenho duvidas que Deus me conduzido até aquele local e não houve
mais necessidade de procurar outra casa. Ali foi que abrimos o
escritório e residi com minha esposa, estávamos felizes. Ainda
iríamos buscar por tranqüilidade financeira porque era um inicio e
todo começo de atividade demora um pouco até que tudo se encaixe e
se possamos colher os frutos.
Demorou não muito tempo me empenhei bastante e estávamos
colhendo resultados quando um fato que vinha entristecendo nossa
família tornou-se presente em nossas vidas.
Era a necessidade de afastar de Curitiba um de meus irmãos. Ele
estava se esforçando para abandonar o uso de drogas.
Este meu irmão já havia sofrido e feito todos sofrerem e mais ainda
fez sofrer nossa mãe que já estava com certa idade e não merecia o
que estava passando.
Este meu irmão estava em uma clinica para onde havia ido para
receber ajuda profissional para abandonar as drogas. Já havia algum
tempo que estava nesta clinica e ele dizia que já estava curado e que
não queria mais continuar ali.
Todos estavam preocupados com o seu retorno ao ambiente onde ele
possuía amizades que o levavam a consumir drogas.
Então como ele também tinha capacidade profissional para dar
continuidade ao trabalho que eu havia iniciado ou trabalhar junto
comigo, sugeri a nossa irmã, que era uma das proprietárias da
empresa que o levasse para que trabalhássemos juntos. Minha mãe
ficou feliz porque ela também se preocupava muito com ele e esta
seria uma nova oportunidade para meu irmão. Acreditávamos que ele
estando num lugar onde não conhecia ninguém seria mais fácil para
ele libertar do vicio. Sem conhecimento de onde conseguir a droga
imaginamos que ele não voltaria a consumir.
Assim pensamos e assim foi feito.
Minha irmã o levou, e ele também ficou muito feliz diante da
oportunidade. Não passou muito tempo que ele havia chegado eu o
havia colocado a par de tudo, informado como estavam os resultados
e quais eram as perspectivas. Ele então me disse que o que estava
sendo feito iria trazer resultados, mas que o resultado não seria
suficiente para nós dois.

Então pensei comigo, eu considero como cumprida parte da minha
missão. A esta altura de minha vida já havia criado meus filhos que já
estavam quase que independentes, possuíamos uma boa casa em
Cuiabá onde ficaram os filhos e quis dar a ele a oportunidade que ele
precisava.

Ele já havia trabalhado comigo em Cuiabá, na época das vacas
gordas e vários foram os problemas que tivemos que administrar por
causa das drogas naquela ocasião até que ele teve que ir embora.
Ele tinha dois filhos e precisava mais do que eu daquela chance.
Então juntei minhas coisas e voltei para Cuiabá.

          Eu já estava há algum tempo elaborando uma atividade em que eu pudesse                    voltar a ser o dono do meu proprio negocio novamente…

Inspirei-me nos reparos e reformas que eu mesmo fazia em minha casa e percebi a necessidade que todas as pessoas têm de fazer pequenos reparos. Onde moramos seja casa ou apartamento, vez por outra precisamos fazer pequenos reparos
elétricos ou hidráulicos e serviços de conservação em geral. Nasceu então na minha mente o Disk Serviços Eu possuía todas as ferramentas e dei inicio a esta atividade.
Fiz então o planejamento. Estava tudo preparado precisava somente por em execução, a equipe estava selecionada e uniformizada, caminhonete personalizada e ferramentas, então demos inicio.

Estávamos começando a obter retorno, daí então comecei a perceber
alguns pontos que me deixaram preocupado.
Como era de costume eu também colocava a mão na massa, os
funcionários na maioria das situações me auxiliavam no trabalho,
estávamos entrando e saindo a todo o momento na casa de nossos
clientes e pude então perceber que estava sujeito a uma situação
difícil caso algum destes que estavam sob minha responsabilidade
fizesse algo de errado, percebia que eu não conhecia tão bem estas
pessoas e não poderia estar 100% seguro a respeito delas.

Já estava preocupado com a inadimplência que já de inicio surgia de nossos clientes, eu havia criado planos de manutenção onde o cliente escolhia o tipo de cobertura de serviços que achava mais conveniente e por este serviço ele iria pagar uma taxa mensal.

Esta taxa mensal serviria para
manter os pagamentos dos funcionários. E com a inadimplência isso
não seria possível pensando nos riscos preferi abandonar esta idéia.
Eu teria que procurar uma nova alternativa de trabalho.

Bora começar de novo…

Em vinha incentivando meu filho mais novo, desde a sua faze da
adolescência a trabalhar com computadores.
Quando ele foi crescendo continuei a incentivar agora ele já estava
apto a desenvolver paginas para a internet. Mudamos então o objeto
social da empresa que abrimos para prestar serviços gerais para esta
atividade e iniciamos. Eu como vendedor e meu filho como
desenvolvedor. Começamos a colher resultados.
Como demora certo tempo parta desenvolver um site e era somente
meu filho que poderia se ocupar com este trabalho, começou a sobrar
tempo para mim.

Comecei há ocupar este tempo com o estudo de coisas ocultas.

Meu testemunho sobre o poder de Deus!

Como toda pessoa considerada normal eu estava levando uma vida normal mas ocupando meu tempo com o estudo de coisas ocultas. Estes assuntos relacionados a questões como, de onde viemos? Porque estamos aqui? Para onde vamos?

Acontece que esta busca, me trouxe às mãos material de estudo que continha perigoso conteúdo.Quando digo isso o digo por que oferecia acesso a um conhecimento que nem sequer podia imaginar que existe.Eu imaginava que buscando este conhecimento eu estaria me aproximado de Deus. Aprofundei-me neste estudo e quanto mais encontrava informação mais interessado eu ficava. Cheguei a uma etapa onde tive acesso a instruções, de como fazer testes práticos a respeito daquelas informações. Mas o estudo alertava sobre os perigos e que dependendo das escolhas feitas o praticante estaria entrando por um caminho sem volta. Resolvi então dar um tempo e pensar melhor antes de fazer um teste pratico. Mas não sei explicar se foi conhecidencia ou era relacionado com aqueles estudos, morcegos começaram a infestar nossa casa. Parei então com aquele estudo.

Não muito tempo havia se passado eu estava dando continuidade com meu filho ao trabalho de desenvolvimento de sites que era a atividade de nossa empresa naquela ocasião.

Até que num belo dia eu estava abaixado mexendo com o tratamento da água da piscina de minha casa quando percebi que algo diferente aconteceu, senti uma dor nas costas muito forte e fiquei deitado no chão até ela passar. Tendo me recuperado da dor voltei aos afazeres do dia a dia, mas comecei a sentir um amortecimento nas pernas, no dia seguinte este amortecimento aumentou, e isso me preocupou muito. No terceiro dia expliquei a meu filho que iria levar ele junto comigo nos clientes que estávamos atendendo para que ele desse continuidade. Eu precisaria fazer um repouso, estavam ficando cada vez mais amortecidas as minhas pernas. Naquele dia então fui deitar com o firme propósito de fazer este repouso até que recobrasse a normalidade dos movimentos. Mas naquela noite mesmo, ao levantar para ir ao banheiro consegui chegar ao vaso e urinar, mas ao retornar para a cama já não consegui chegar até ela, senti uma dor terrível nas pernas e fui ao chão. Senti uma dor terrível como eu nunca havia sentido anteriormente, minhas pernas encolhiam como se fosse uma câimbra. Minha esposa acordou assustada em me ver ali no chão me contorcendo e não sabia o que fazer. Na verdade eu também não tinha idéia do que estava acontecendo e o que fazer diante da situação, sentia somente muita dor.

Naquele momento de grande aflição o único pensamento que me veio à mente foi pedir para que minha esposa ligasse paraum amigo meu eu o conheci quando prestei serviço para sua empresa a muitos anos já passados. Ficamos amigos de toda família. Frequentemente quando tínhamos a oportunidade de nos encontrar conversava-mos por horas sobre assuntos a respeito de Deus e relacionados a Deus. Trocávamos também testemunhos a respeito do poder de Deus. Eu apesar de minha origem ser de família católica cresci sem muito freqüentar a igreja e recebia de minha mãe os ensinamentos a respeito de Deus que ela lia para nós na bíblia

Detalhes narrados na rimeira parte de minha historia (conteúdo no link minha historia).

Foi somente perto dos meus trinta anos que ouvi com mais atenção oque as pessoas me disiam sobre Jesus meu temor e fé se direcionavam ao Pai o Deus que criou os Ceus e a Terra. Pois então, nas conversas com este amigo o assunto na maioria das vezes era relacionado com Nossa Senhora, eu não encontrava na bíblia referencia para esta Fé que ele desejava me passar. Percebia nele um desejo imenso que eu entendesse sua fé. Então eu me perguntava por que naquele momento de tão grande dor somente conseguia vir a minha mente o desejo, que minha esposa ligasse para este amigo. Era madrugada, perto das três ou quatro horas da madrugada.

Então minha esposa atendendo ao meu pedido e tentou ligar no celular dele. Mas tocava e ele não atendeu. No mesmo instante que minha esposa ligava para ele eu fui envolvido por uma luz muito grande e muito clara e senti um alivio tremendo. Durante o momento que eu me encontrava envolvido por aquela luz eu não sentia dor, foi então que voltei a mim e me dei conta que estava ali encolhido no chão aos pés de nossa cama, não via mais a luz, na verdade eu estive dentro daquela Luz. Foi uma sensação de alivio e paz indescritível. Quando sai daquela luz, minha cunhada que também tinha vindo para nos ajudar me aplicou uma injeção.

Então não me lembro se sentia menos ou nenhuma dor eu estava lúcido para conduzir a situação. Fui tentar me mover, mas havia perdido os movimentos da cintura para baixo. Estava precisando ser socorrido. Orientei minha esposa. Pedi para ela ligar para os bombeiros para que viessem me remover. Morávamos em um sobrado e nosso quarto ficava no pavimento superior, a escada seria uma problema para me removerem, ainda mais por se tratar de uma escada modelo caracol que projetei e construi.

Posteriormente descobri em uma revista uma semelhança com a escada da casa de Santos Dumont em Petrópolis no Rio de Janeiro. Esta escada que Santos Dumont projetou assim com a nossa não possuia apoio, nem corrimão somente um tubo central onde estava fixado o degrau. Sabia que para poder ir para um hospital o primeiro desafio seria descer esta escada por isso pensava que a equipe de resgate dos bombeiros seria a melhor opção. Mas minha esposa ligou e informaram que não faziam este tipo de remoção. Fazer o que então, não demorou muito chegaram mais alguns cunhados, não sabiam como fariam para me remover, pois eu pesava em torno de 90 kilos. Eu mantive a calma. Eu era costumado a transportar coisas pesadas então orientei meus familiares como deveriam fazer e tudo deu certo. Fui levado para o pronto socorro e fiquei durante horas sob uma maca no corredor até que conseguiram uma vaga num quarto para mim. Naquela mesma noite morreu um senhor que estava ao meu lado, agora ao escrever recordando sobre este senhor lembro que ele tinha o corpo todo atrofiado e que provavelmente deveria ter sido por algum problema em sua coluna. Conforme o medico informou, precisariam ser feitos exames para saberem o que estava acontecendo comigo. Foi nesta ocasião que todos os meus parentes passaram momentos de agonia, imagino o quanto é difícil saber que uma pessoa esta dependendo de nós, todos procuravam ajudar de alguma forma. No dia seguinte conseguiram para mim uma vaga em uma enfermaria junto com mais 5 ou 6 pessoas. Neste dia e no anterior eu já estava sendo medicado, mas sentia dores nas pernas e não conseguia fazer nenhum movimento com as pernas e os pés somente sentia dor.

Mesmo assim procurei me manter calmo. Lembro do bom humor daqueles colegas de enfermaria, eram todos pessoas humildes, cada um que ali estava tinha algum problema e aguardava por uma cirurgia. Mas tinham bom humor. Em uma ocasião próximo ao final do dia, chegou à hora de servirem o jantar eu nem havia notado. Meus colegas de enfermaria ouviram um barulho de rodas e começaram a comentar um com o outro, qual o sabor do espetinho que iria escolher, não estava entendendo do que se tratava. Percebia que o som das rodas do carrinho estava mais próximo. Eles brincando diziam o tipo de espetinhos que iriam escolher, um dizia que queria de carne outro de frango e assim cada um ia fazendo a sua escolha. Pensei então, será que servem espetinhos aqui no hospital?. Enquanto me perguntava isso entra no quarto o carrinho empurrado pela enfermeira com uma porção de bandejas de aço e pilhas de seringas com injeções pra todos nós, eram estes os espetinhos. Tive que rir não consegui controlar o riso mesmo com a dor. E assim era nossa enfermaria. Nos primeiros dias e noites minha esposa e meu filho não pararam de fazer massagens em minhas pernas para aliviar a dor que eu havia voltado a sentir, eles chegavam a sentir dores nos braços pelo excesso de massagem que faziam. Minha esposa e filho, como não havia espaço dormiam ao meu lado deitados no chão sob um cobertor dobrado. Eles tinham que ficar quase em baixo de minha cama, naquela enfermaria, mal cabia uma cadeira para um acompanhante. Momentos terríveis devem ter sido para eles ter que me olhar naquelas condições estando impotentes por nada poderem fazer.

Todos os familiares e amigos vieram me visitar todos preocupados em ajudar de alguma forma, ou correndo atrás de exames, ou trazendo algo para comermos, eu agradeço a Deus pelo carinho que recebi de todos e também pela atenção que dedicaram a minha esposa e família naquele momento. O meu amigo agora mais ainda me falava sobre Nossa Senhora, contei a ele que no momento que aconteceu só me veio à mente ligar para ele e contei sobre a Luz que havia me envolvido quando minha esposa tentava ligar. Ele me disse que aquela Luz era a Luz que irradiava de Nossa Senhora e que ela havia vindo me socorrer. Pensei comigo, foi inexplicável minha atitude, porque o desejo de ligar para o o meu amigo? Como disse anteriormente nunca encontrei refencia na biblia que justificasse sua fé em Nossa Senhora, até questionei muito o Alexandre a respeito de sua devoção.

Mas ai estava uma manifestação do poder da Luz para eu refletir a respeito. Os dias foram passando.

A prioridade agora era fazer os exames, primeiro foi feito um raio-X, mas não era suficiente para detectar o problema,para fazer outro exame mais detalahado eu teria que aguardar em uma fila de espera. Assim foi até que um de meus cunhados conseguiu junto aos administradores do hospital que fosse feita uma tomografia, já haviam se passado alguns dias e mais alguns dias passou para que o médico ortopedista viesse avaliar o meu exame e dizer qual era o meu problema.

Nada animador foi quando ele apareceu e ouvi ele me dizer ao olhar os exames que iria me dar alta porque o meu problema era tão difícil de resolver que não adiantaria me manter hospitalizado. Pensei comigo, me dar alta desta maneira, quer dizer então que eu terei que ficar como estou.

Se fosse este o meu destino eu teria que aceitar, pois aceitamos as boas coisas que Deus nos dá e precisamos aceitar as provações. Mas teria que fazer alguma coisa, tentar algum recurso pedir a opinião de outros profissionais a respeito da minha condição. Não poderia deixar de fazer o que estivesse ao meu alcance. Eu teria que tentar tudo que fosse possível. Eu considerava também que poderia ser sem resultado. Então teria que aceitar, mas não sem tentar. Procurei manter o bom humor não queria me tornar um peso, já bastava a situação difícil que eu estava criando para todos estando naquelas condições. Então procurei ocupar o meu tempo enquanto aguardava até que alguma coisa acontecesse. Pedi papel e caneta e estava projetando um elevador para que eu pudesse subir com uma cadeira de rodas para o meu quarto. Caso não recuperasse os movimentos não poderia mais subir escadas. Cheguei a concluir um projeto bastante interessante. Estava então vivendo num mundo diferente onde existiam limitações e eu teria que me adaptar a condição que me encontrava, então enxerguei que muitas outras pessoas vivem com estas limitações e decidi que caso eu ficasse naquela condição impossibilitado de andar eu iria dedicar meu tempo a adaptar minha casa primeiramente e posteriormente oferecer as outras pessoas o que eu conseguisse desenvolver nesta área, assim como o projeto do elevador que estava bastante adiantado.

Estava assistindo ao jornal em uma pequena televisão que haviam levado de minha casa para todos nós da enfermaria poderemos assistir. Quando estava assistindo percebi que conhecia o entrevistado, era ele, uma pessoa que conheci em meu relacionamento comercial, havíamos ficado amigos. Ele era presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas Pesadas do Estado de Mato Grosso, por este motivo ele estava sendo entrevistado.

Lembrei então que ele havia sofrido um problema serio em sua coluna, chegou a andar com o corpo quase dobrado, mas em uma das ultimas vezes que nos encontramos ele me contou que tinha feito uma cirurgia, estava recuperado e lamentou não ter tido feito antes a cirurgia. Disse-me que tinha um medo terrível e somente depois de pesquisar muito sobre o assunto e sobre a carreira do medico que escolheu, decidiu fazer a cirurgia, mas estava muito bem, recuperado e feliz, em nosso ultimo encontro até havia voltado a pescar que era seu passatempo. Por sorte seu numero estava na agenda de meu celular. Imediatamente liguei para ele, falei que estava em um hospital, ele me passou o telefone de seu medico e disse para dizer que ele o havia indicado. Assim eu fiz Dr. Cezar era o nome do medico, falei com ele e ele disse que viria me visitar. Sua vinda não pode ser imediata, mas demorou menos tempo que a avaliação do medico do próprio hospital onde eu estava. Quando o medico viu a tomografia, não ficou muito otimista, mas pelo menos disse que para poder avaliar melhor teria que ser feito uma ressonância magnética, combinamos que assim que este exame fosse feito entraríamos em contato com ele. Então outra correria teve que ser feita, era um exame caro e com muitas pessoas em minha frente na fila de espera e demoraria vários dias, então entrou em ação novamente meu cunhado Cleber conseguindo para mim a tomografia.

Todos sofreram junto comigo aqueles momentos a amizade não permitia a eles me verem naquela condição e ficarem indiferentes. Foram passando os dias.

Quando eu estava para entrar em depressão me consolava com o carinho de todos, eu via o sofrimento de minha esposa e filhos e não me permitia aumentar ainda mais o sofrimento deles caso eu me tornasse depressivo. Sempre recebia uma visita ou uma ligação me encorajando. Chegou então o momento e consegui fazer a ressonância. Assim que pegou o resultado meu cunhado levou para o Medico avaliar, pois ele não podia vir me visitar naquele dia. Ao ver os exames o médico disse para meu cunhado que não era bom o meu estado, eu teria que ser submetido a uma grande cirurgia e pelo que ele estava avaliando pelos resultados eu teria que receber 4 parafusos e mais alguns suportes para tentar recuperar minha coluna que era onde estava o problema.

Disse então que iria me ver no hospital assim que fosse possível. Continuei em minha rotina na enfermaria, tinha espetinho todos os dias.

Meu espetinho era tomar 5 injeções a cada 6 horas uma na poupança e as demais na veia. No começo eu que tinha veias saltadas em minhas mãos e braços depois de tantas injeções parece que minhas veias fugiam quando ouviam a aproximação do carrinho dos espetinhos.

Recebi então a vista do medico desta vez veio acompanhado de um outro médico, era o Dr. Paulo. Pegaram minhas pernas e fizeram quase virar um oito, a cada torcida me perguntavam se sentia dor. Eu respondia e assim tiraram suas conclusões. Disseram que meu estado era muito grave que as chances eram muito pequenas, que a possibilidade de sucesso era de 5% apenas. Mas que não restava alternativa senão a tentativa através da cirurgia. Do contrario poderia atrofiar todo o meu corpo. Eu já estava com as pernas mais finas, havia perdido massa muscular e encurtado o nervo puxando para traz o calcanhar devido ao tempo que eu estava sem movimentar as pernas.

Hoje ao escrever, me recordo do Senhor que havia falecido no primeiro dia que cheguei ao hospital, tinha o corpo todo atrofiado, teria sido o mesmo problema que havia acontecido comigo?

Bem naquele momeno agradecia a Deus que pelo menos eu tinha uma possibilidade.

Este medico não havia dito que iria me dar alta que meu caso não tinha solução como havia dito o outro médico que deu o primeiro diagnostico pelo menos tinha os 5% de chanse. Estávamos agora diante de mais um problema. Seria como pagar esta cirurgia. Seu custo não era nada pequeno.

Eu possuía um carro e pensei nele como uma alternativa, mas o seu valor não seria suficiente. Lembro que foi informado a todos os membros da família sobre a necessidade da cirurgia e o valor que estava estimado. Este valor estava fora do poder aquisitivo de todos. Eu não me sentia no direito e nem queria que se sacrificassem tendo que vender alguma coisa por minha causa. Então me restava esperar para ver o que iria acontecer. Continuei minha rotina com os espetinhos e todos continuaram tentando com um ou outro conhecido que tivesse alguma influencia dentro da administração pública, para ver se conseguiam que fosse agendada a cirurgia o mais rápido possível, porque a demora também estava agravando o meu estado. Frequentemente recebia uma ligação me dando esperanças, que eu tivesse Fé.

Me perguntaram então se eu tinha magoa de alguém se eu guardava algum sentimento deste tipo em meu coração e pediram que eu perdoasse porque poderia estar me dificultando a receber a graça de ser feita à cirurgia. Pensei sobre o que me perguntavam e procurei lembrar se eu tinha este tipo de sentimento, mas eu sempre procurei evitar este tipo de sentimento, perdoando e não guardando magoa de ninguém. Mas este amigo insistia neste assunto e me dizia que poderia haver algum impedimento ou então não havia chegado ainda o momento certo.

Então me lembrei daquele estudo que eu estava fazendo antes de ter perdido o movimento das pernas. Eu havia parado no momento que achei que estava ficando perigoso por causa das etapas seguintes sugerindo testes práticos.

Estou escrevendo agora e relembrando o assunto sinto meu coração acelerar. Então contei sobre isso ao meu amigo quando novamente ele tocou neste assunto. Ele perguntou para mim, onde estava este material de estudo? Destrua isso imediatamente, ele me disse. Eu tinha um CD que havia comprado e veio pelo correio, neste CD continha mais de sete mil paginas daquele conteúdo e mais áudios e outros conteúdos que nem cheguei a abrir. Para facilitar a leitura eu havia mandado imprimir parte deste conteúdo e pretendia ir imprimindo à medida que fosse avançando. Ocorre que o assunto me atraia tanto que eu comentava alguma coisa sobre ele com meus conhecidos e todos queriam ter acesso aquele conhecimento. Por causa do interesse de alguns eu cheguei a dar copia de algumas partes que eu já tinha lido. Cheguei até a mandar para meu irmão mais velho pela internet para ele ver o que eu havia encontrado e estava descobrindo.

Então quando ele falou para destruir imediatamente, isso já não seria muito fácil e nem muito rápido. Mas o que eu possuía em minha casa e tinha dado a uma de minhas filhas imediatamente pedi e eles para destruírem e atenderam o meu pedido.

Depois eles me contaram que ficaram impressionados com o que havia acontecido, quando tentaram destruir pondo fogo nas folhas que eu mandei imprimir, o papel não pegava fogo, vários palitos de fósforo foram utilizados e o papel não queimava, então apelaram para o álcool na tentativa de queimar aquelas folhas, ficaram surpresos novamente porque o fogo iniciava e assim que acabava o álcool se apagava o fogo não queimando totalmente as folhas de papel, até mesmo o CD que era de plástico estava difícil para queimar. Depois tive a oportunidade de ver na churrasqueira de casa onde queimaram aquele estudo o que havia sobrado e que estava dentro da churrasqueira. Ali estava quase uma caixa de palitos de fosforo que haviam sido acessos naquela tentativa até que conseguiram. Contaram-me que saia uma chama com uma cor estranha quando estava queimando aquele material.

Varias vezes foram feitas orações ao redor de minha cama no hospital. Após terminada a oração costumavam pedir uma palavra que era lida para todos, nesta ocasião, ao pedirem uma palavra para mim, foi lido pum trecho que dizia o seguinte, “Pare de procurar o que esta oculto e que esta alem do seu entendimento”. Cabe a mim neste momento dizer a você que esta lendo, fuja desta curiosidade, se você sentir este desejo de querer saber sobre coisas ocultas fuja disso imediatamente. Acredite se quiser estou me sentindo mal somente por estar escrevendo sobre este assunto, cheguei a sentir algo perto de mim e me arrepiou todo o meu corpo já por duas vezes.

Portanto pense a respeito. Que nosso pensamento e os nossos atos tragam somente os anjos de Deus. Sejam sempre os seres da Luz presentes ao nosso lado e o Espírito Santo de Deus esteja conosco em todos os momentos.

Continuando a contar, passados 23 dias internado do pronto socorro, havia chegado o momento certo a hora certa e a porta certa havia se aberto. Estava sendo transferido para outro hospital com mais recursos onde seria feita a minha cirurgia. Estava agora numa enfermaria com mais três companheiros, e estavam sendo feito os exames finais de risco cirúrgico para eu ser operado.

Eu Recebia sempre a visita de algum dos médicos da equipe que iria fazer a minha cirurgia, conheci então o Dr.Marlon que também iria fazer parte da cirugia. Os médicos haviam me dito que devido ao grande tempo que iria demorar a cirurgia seria necessário que eles se revezassem, precisaria então de três médicos para fazer o procedimento todo.

Agradeço a Deus por todas as pessoas que cuidaram de mim durante todos o tempo desde o momento eu que fui removido de minha casa para o hospital, todos os familiares, médicos e todas as enfermeiras e enfermeiros e demais profissionais, por todos fui muito bem atendido e Deus há de retribuir a eles por tudo que fizeram por mim. Havia chegado o momento e fui preparado desde a noite anterior, a cirurgia deveria começar bem cedo as 07 horas, porque segundo a previsão dos médicos poderia durar o dia todo e avançar pela noite. Fui informado que não deveria me assustar quando eu me recobrasse ao voltar da cirurgia eu iria acordar numa UTI e isso seria normal, eu ali deveria permanecer por mais um dia ou dois para posteriormente ser levado para a enfermaria onde ficaria por mais alguns dias.

Naqueles dias como sabia que existia um grande risco de vida pois a cirurgia era demorada e muito delicada, eu já havia aceitado a idéia se caso a cirurgia não fosse bem sucedida eu teria que viver em uma cadeira de rodas.

Também estava aceitando que se por ventura fosse à vontade de Deus a minha partida eu estaria preparado. Eu havia durante aqueles dias escolhido determinados textos dentro de minha bíblia companheira sempre presente naqueles momentos e deixado frases de conforto e orientação para minha esposa e para meus filhos. Estava então tudo pronto.

Ao amanhecer segui as orientações fiquei esperando até que vieram me buscar. Fui levado para o centro cirúrgico, lá estavam uma porção de pessoas todas uniformizadas com seus jalecos brancos parecia como no grupo escolar quando eu freqüentei a escola e usávamos o que chamávamos de guarda-pó.

Olhei em uma das paredes existia um grande painel acrílico com luz em seu interior estava repleto de exames, parece que ali estavam todas aquelas chapas da tomografia e da ressonância que eu havia feito. Então se aproximaram de mim duas pessoas, conversaram entre eles e um disse ao outro olhando em direção daquela parede iluminada, esta vai ser demorada, vamos colocar ele pra dormir primeiro, para não judiarmos dele e depois aplicamos as demais. Então me lembro que me mandaram ficar olhando para um aparelho de eletrocardiograma e acompanhar a luz que subia e descia no monitor formando uma linha oscilante, nisso sinto que parecia que estavam enfiando um prego em meu braço e olhei para ver o que era, era uma agulha com uma espessura de uma carga de caneta esferográfica de tão grossa parecia mesmo um grande prego. Ai então eu apaguei.

Ao acordar estava em uma sala bastante fria e sentia uma dor terrível estava deitado sob tudo que tinham colocado em minhas costas.

Parecia como se fosse uma cama de faquir com pregos acessos embaixo de mim. Ali fiquei por algum tempo a dor aumentava e me levaram para a enfermaria. A cirurgia havia sido bem sucedida e meu organismo suportou bem não foi necessário que eu fosse para a UTI como era previsto minha recuperação apesar da dor estava sendo boa. Estava com quase todo o corpo enfaixado como se fosse uma mumia. Falei da dor terrível que eu estava sentindo e meu medico sugeriu que fosse comprado uma espuma especial em formato de caixa de ovos e que isso iria aliviar a dor, havia chegado a momento de outra correria.

Desta vez foi minha filha e meu genro quem se dispôs a correr atrás, sei que eles devem ter feito o possível e o impossível para não demorar, mas para mim parecia uma eternidade aquela espera pela espuma na esperança que ela fosse aliviar a dor que eu estava sentindo.

Eu estava recebendo sedativos fortíssimos mesmo assim sentia uma dor terrível. Chegaram então com a espuma. E ao menos um pouco havia melhorado. Olhei ao meu lado e via mangueiras saindo de meu corpo e entravam em uma espécie de sanfona plástica, me explicaram que aquilo era um dreno. Eu não podia nem sequer levantar um centímetro a cabeça. Eu teria que ter paciência, afinal eu havia conseguido fazer a cirurgia e agora restava esperar a recuperação. As visitas continuaram e muitas orações foram feitas por todos, até em outras cidades onde temos pessoas da família e conhecidos estavam orando por mim. Deus ouviu e atendeu.

Em uma destas noites durante as orações todos oravam com muito fervor eu sentia que era muito forte a presença do espírito de Deus ali naquele momento, Lembro que olhei ao redor e havia muitas pessoas orando, me chamou à atenção eu estar enxergando um de meus amigos mais elevado do chão que as demais pessoas naquele momento, eu tinha certeza absoluta que ele estava sob uma cadeira ou poltrona, pensei que ele teria subido porque o quarto estava muito cheio e para que pudessem formar um circulo ao meu redor. Passado o tempo quando nos encontramos novamente até perguntei a este amigo se naquele dia ele havia subido em alguma coisa e ele me respondeu que não, teria sido uma percepcão do estado espiritual dele naquele momento?

Não me recordo se foi naquele mesmo dia, eu estava sentindo muita dor, uma dor insuportável e evitava até respirar para ver se a dor diminuía. Então novamente me senti dentro daquela Luz tão grande onde eu havia sido envolto da vez anterior quando estava em grande aflição em minha casa, mas lembro que desta vez eu conversei com aquela Luz e perguntei o que era aquela luz.

Então nesta segunda experiência eu perguntei para a Luz o que era aquilo e a Luz me respondeu que ali era o mundo da Luz e que ali estavam presentes todos os seres Celestiais Jesus era quem estava respondendo as minhas perguntas, então ele me disse que ali todos faziam parte da mesma Luz sendo assim ali estavam todos os anjos dos Céus.

Estou emocionado neste momento que me recordo, não há como conter as lagrimas que enchem meus olhos. Teria sido um sonho? Teria eu perdido os sentidos pela dor muito forte? Eu penso que não. E você o que pensa a este respeito? Somente sua sensibilidade espiritual poderá responder.

Estava terminando o período de recuperação no hospital e após 4 dias da cirurgia eu estava recebendo alta. Fui trazido para casa foi uma ginástica tremenda para chegar a deitar na cama. Esta primeira noite foi a mais difícil de todas as noites depois da volta para casa. Quando por volta das 3 a 4 horas da madrugada eu acordei com uma dor terrível era insuportável, procurava suportar o máximo para não demonstrar, para não preocupar e fazer sofrer os meus familiares, mas estava sendo obrigado pela dor a ligar para o médico e pedir que me levassem para o hospital novamente, o médico me disse que não era possível me levar que eu teria que aguentar a dor, que era assim mesmo nos primeiros dias. Tentei fazer com que me levasse de qualquer forma e ele me respondeu que isso não seria possível devido ao custo do medicamento que eu estaria tomando por que era muito elevado na época custava quase um salário mínimo por uma hora de medicamento. E que eu teria que arcar com os custos. Diante disso pedi a Deus que me ajudasse a suportar, pois estava realmente fora de minha possibilidade, pois até mesmo a cirurgia e todos os custos haviam sido cobertos pelo sistema de saúde publica.

Agradeço ao desconhecido que autorizou a minha cirurgia que Deus retribua a ele fazendo com que ele e os seus queridos nunca precisem passar por uma experiência como a que eu passei. Graças Deus e a este desconhecido que foi usado por Deus e a pessoa que levou meu problema a ele, hoje ao escrever minhas memórias posso dizer que levo uma vida normal.

Foram então dias sob forte medicação para minimizar a dor. Eu tomava comprimidos tão fortes que para proteger o estomago era preciso injetar com uma seringa um liquido que se parecia com um xarope e tinha gosto de banana, engolia aquele liquido e depois tomava os comprimidos. Graças a Deus que pessoas dedicaram seu tempo pesquisando e buscando medicamentos para aliviar a dor daqueles que por algum motivo estejam sofrendo. Passados alguns dias a pior parte já havia passado, estava tomando menos medicamentos fui diminuindo gradativamente a quantidade de medicamentos buscando preservar o estomago.

Deus foi tão misericordioso que eu não precisei da ajuda financeira de outras pessoas, somente minha mãe que, por sua iniciativa fez um empréstimo para ser descontado de sua aposentadoria e tanto insistiu que eu aceitasse. Deus me deu a benção de poder nos sustentar com o dinheiro da venda do carro que possuíamos. A venda deste carro foi também um acontecimento marcante, eu precisava vender o carro para obter recursos, mas ao mesmo tempo o carro iria fazer falta para ir a fisioterapia. Pensei então, como vou fazer para vender este carro se não estou em condições de sair para oferecer. Para minha surpresa aquele foi um carro que vendi com a maior facilidade mesmo estando quase impossibilitado de me locomover. Até foi incomum o fato de a venda ter sido feita à vista, normalmente surgem propostas de troca e neste caso não aconteceu.

Vejam só teria sido por acaso? Usei então parte do dinheiro da venda para nossas despesas e outra parte comprei um outro carro de menor valor que serviu para que eu fosse para a fisioterapia, durante o período que estive de cadeira de rodas. Mais tarde quando já estava andando de muletas e conseguia ir para fisioterapia de ônibus eu vendi o outro carro para podermos nos manter por mais um tempo.

Lembro muito bem do carinho dos profissionais do centro de reabilitação do bairro Dom Aquino, desde a primeira vez que entrei naquele local fui muito bem atendido. Eu fui colocado em uma mesa prenderam meu corpo com umas cintas e a mesa que ficava na horizontal foi sendo inclinada para a posição vertical forçando assim que eu apoiasse o peso do meu corpo, foi bem doloroso para mim e tiveram que fazer aos poucos este procedimento. Minha rotina consistia agora nas tentativas que fazia em casa para movimentar pelo menos os dedos dos pés mas ainda sem resultados.

Devido ao tempo sem movimentar minhas pernas haviam perdido a massa muscular tendo sido a perna esquerda a que ficou mais fina. Os médicos haviam me informado que a perna esquerda seria a perna com menor possibilidade de recuperação. Disseram até que era muito pequena a probabilidade que isso acontecesse. Mas eu estive o tempo todo em que estava deitado procurando fazer algum movimento e aos poucos estava conseguido algum progresso.

Os profissionais do centro de reabilitação movimentavam minhas pernas esticando e dobrando varias vezes para dar elasticidade aos nervos que estavam encurtados e enrijecidos. No inicio com cuidado redobrado por que doía estar deitado de costas sob a estrutura de parafusos e hastes de titânio. Á medida que fui conseguindo resultados melhores me colocaram para tentar andar apoiado a dois apoios em forma de corrimão lembro que sempre mantive o bom humor graças a Deus, às vezes até ria de mim mesmo, pela maneira que meus membros reagiam, eu tentava mudar o passo, mas a perna não respondia ao comando e acabava parecendo uma criança tentando dar os primeiros passos.

Naquele local estavam pessoas com diferentes tipos de limitação de movimento, alguns não tinham movimento algum, mas nossos fisioterapeutas procuravam dar a cada um toda a atenção e incentivo. Podia ser percebido na expressão do olhar destes profissionais o contentamento quando viam seus pacientes progredirem, Alguns pacientes pareciam que estavam sem motivação e não se esforçavam muito e outros buscavam se recuperar o mais rápido possível. Era minha esposa quem me acompanhava na maioria das vezes, eu ia até o carro com a cadeira e era ela quem dirigia. Lembro que ela apesar de dirigir bem sempre estava insegura na hora retornar para casa depois da fisioterapia que era por volta das 18:00 hs.e neste horário havia um transito intenso.

Então vendo aquela situação foi de cadeira de rodas mesmo que eu comecei a dirigir novamente, primeiro não sabia se iria conseguir dirigir porque não conseguia firmar o corpo e ficar em pé, mas um dia fui até a garagem entrei no carro e sentei no banco do motorista e ensaiei pra ver se daria certo, tentei pisar nos pedais e percebendo que já havia recuperado certo controle que permitia apertar os pedais com a perna direita eu decidi.

Na próxima vez que percebi que minha esposa estava agoniada quando se aproximava o horário de voltarmos para casa quando nos dirigiamos para o carro fui em direção da porta do motorista. Não olhei a expressão de seu rosto, mas imagino que ela deve ter feito uma cara de medo. Abri a porta e me transferi para o banco do motorista, não me recordo se ela tentou me dissuadir, porque eu estava determinado a dirigir. Então como eu já havia feito um ensaio na garagem de nossa cassa deu certo a tentativa e fui eu quem conduziu o carro ao voltarmos. Daí por diante não me recordo se deixei, ela dirigir novamente. Dei graças a Deus por estar conseguindo dirigir. Daí por diante eu mesmo conduzia o veiculo para irmos ao mercado e a todos os lugares até que foi necessário vender o veiculo para nos mantermos.

Mas Deus nos dá segundo nossa necessidade e eu já conseguia andar com as muletas fornecidas pelo centro de reabilitação, eles haviam também feito um molde em gesso da parte inferior de minha perna esquerda, através deste molde produziram uma espécie da bota com um material semelhante a um plástico bastante espesso e rígido, a função daquela espécie de bota era manter meu pé esticado. Meus pés estavam em uma posição semelhante aos pés de um bailarino ao dançar.

Os nervos que movimentam o calcanhar haviam atrofiado e por isso encolheram cerca de 4 a 5 centímetros projetando a ponta dos pés para baixo. Esticar novamente estes tendões e mantê-los esticados era a função daquela espécie de bota. Fui fazendo progresso com a fisioterapia eu podia perceber que estava sendo rápido minha recuperação pela expressão de contentamento de meus fisioterapeutas. Agora eu já estava conseguindo andar nas barras paralelas e me colocaram para ficar subindo e descendo uma escada de dois ou três degraus feitas de madeira que existia ali para essa finalidade, em seguida me colocaram para pedalar e assim foi.

Como parece difícil ao estarmos numa condição como a que eu estava voltar a fazer coisas que quando estamos com saúde não nos damos conta de sua importancia. Andar para quem nunca passou por um período impedido de andar, parece ser insignificante, mas para muitos é um sonho que não poderá ser alcançado.

Minha Mãe morando distante, sempre me telefonava querendo saber como eu estava então um dia quando eu estava tentando ensaiar os primeiros passos e ria de mim mesmo pois, parecia uma criança de um ano tentando andar, contei a ela que estava andando novamente, apesar de andar de uma maneira engraçada por falta de firmeza e ela ficou muito feliz e assim fui melhorando, rebolando menos com o passar dos dias até voltar a quase normalidade.

Agradeço a Deus que me deu animo e me manteve bem humorado isso tornava menos traumatizante à situação para mim e para quem estava ao meu redor. Chegou o dia em que eu comecei a andar novamente no inicio me apoiando nas paredes e aos poucos ia me soltando, até que consegui andar por distancias maiores. Mas eu ainda tinha dificuldade para andar porque não conseguia erguer direito a ponta do pé esquerdo ao trocar os passos.

Depois da cirurgia por um tempo não muito pequeno eu tive que usar uma espécie de cinta elástica cheia de barras de alumínio que servia para imobilizar a minha cintura até que meu organismo recuperasse a musculatura e formasse uma camada de osso cobrindo e fixando os parafusos e minha coluna e se tornasse forte o suficiente para meu corpo não dobrar. Não me recordo quanto tempo foi todo este processo, mas aos poucos fui retomando minha vida.

Agora minha prioridade era voltar a ser produtivo, precisava obter o nosso sustento. Desde a faze em que pude me deslocar mesmo com a cadeira de rodas eu pedia a Deus que me ajudasse encontrar uma forma que eu pudesse trabalhar para poder manter nossa família.

Minha irmã e meu cunhado tinham uma empresa e me deram à oportunidade de ir trabalhar com eles. Eu tinha ainda certa dificuldade para andar porque a perna esquerda não havia se recuperado tanto quanto a perna direita, mas vamos lá, voltei a Curitiba nossa cidade de origem e por mais um tempo ali residi com minha esposa somente, nosso filhos ficaram residindo em Cuiabá. Estava numa posição privilegiada dentro do quadro de funcionários da empresa, eu era responsável pela produção em parceria como o irmão de meu cunhado. A empresa tinha um quadro de perto de 59 funcionários.

Procurei aperfeiçoar o trabalho de cada um e corrigir deficiências. Havia certo ciúme de alguns funcionários mais antigos, porque de repente ali estava eu, responsável por cobrar resultados de quase todos. Para mim foi uma oportunidade para testar até que ponto eu estaria apto a retomar minha vida. Meu salário era o maior salário da empresa, mas com os descontos, às despesas e o aluguel da casa que morávamos não sobrava muito dinheiro. Eu ainda tinha um resíduo em cartão de credito que vinha tendo que administrar do período que havia estado em recuperação e meu salário estava sendo suficiente somente para pagar as contas.

Então abri a bíblia e olhei em direção do numero que me chamou a atenção era Jó capitulo 5 versículo 17 Diz assim:

Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto não despreze a disciplina do Todo-poderoso. Pois ele fere, mas trata do ferido ele machuca, mas suas mãos também curam.

Achei esta mensagem bastante ligada ao momento que estou narrando de meu passado, a faze em que eu estava me recuperando e retornando a minha vida normal.

Visitando o meu amigo Alexandre, que esteve comigo na pior faze antes da cirurgia após e durante a recuperação. Estávamos relembrando aqueles momentos e ele me contou agora, passados vários anos, que no momento que eu iria fazer a cirurgia ele se dirigiu à capela não perguntei onde era a capela que ele foi, pode ter sido no hospital.

Ele disse que estava em oração pedindo a Deus por mim porque eu tinha apenas 5% de chances de sucesso de me recuperar, ele pedia a Deus dizendo em sua oração que estes 5% fossem bastante para Deus e que elê tivesse piedade de mim para que eu não ficasse paralítico. Ele me contou agora e se emocionou ao contar assim como eu e meu filho que estava conosco.

Contou que naquele momento em que ele fazia este pedidosentiu um calor muito grande e um tremor em todo o seu corpo e teve uma visão da sala de cirurgia onde o medico estava operando, mas ali ele via o próprio Deus operando sendo o médico. Até arrepiou os nossos braços quando ele nos contava.

Então neste momento em que estou escrevendo pedi a Deus que me dê a inspiração para continuar a escrever, meu propósito é não escrever por mim mesmo, mas escrever inspirado por Deus o que possa servir para o meu próximo.

Este é o meu objetivo contando o que aconteceu comigo tentar mostrar ao meu próximo que Deus é sempre presente. Não importa o quanto seja impossível para nós humanos.

Para Deus tudo é possível, assim como ele tornou possível para mim recuperar meus movimentos e levar uma vida normal.

Realizar antigos projetos e agora iniciar uma nova fase.

Deus é o Senhor… Busque a ele e confie a ela sua vida e todo o resto ele fará.

Continuando a historia. Aquela foi uma pela qual eu e todos
ao meu redor passamos naquela época.
Eu estava me sentindo produtivo e agradeço a Deus e aos meus
queridos Junior meu cunhado e Márcia minha irmã pela
oportunidade que me deram.
Eu estava trabalhando tanto ou mais até que os outros e já começava
a ficar inquieto.
Eu me sentia em condições de voltar a trabalhar por conta própria.
Dizia a meu cunhado que era bom estar trabalhando ali com eles,
mas eu estava acostumado a ser eu o líder porque era eu quem
decidia e determinava como deveriam ser as coisas na minha
empresa.
Somente temos total autonomia quando somos o dono do negocio.
Por outro lado temos maior responsabilidade também, mas nossas
possibilidades de lucro se tornam maiores e eu estava insatisfeito em
ter pouca possibilidade de crescimento com o que sobrava de meu
salário.
Achava que ainda poderia alcançar maiores metas. Eu estava
pensando desta forma e então houve uma situação de confronto. Um
antigo funcionário que havia exercido a função que eu estava
exercendo não estava muito satisfeito com a situação que ele estava
ocupando. Certo dia sem um motivo plausível, ele extravasou seu
descontentamento. Num momento de descontrole total chegou a
querer me agredir fisicamente, mas não quis tomar a iniciativa da
agressão e me desafiou a enfrentá-lo. Eu não tinha motivo para tomar
uma atitude desta natureza, e nem poderia mesmo que tivesse motivo
porque se assim eu procedesse estaria prejudicando a empresa de
minha irmã e cunhado.
Então surgiu uma situação que ficou difícil de ser resolvida, eu não
queria prejudicar ninguém, nem mesmo ao funcionário que estava
revoltado por ter sido rebaixado em seu cargo, ao mesmo tempo se eu
permanecesse ali estaria em cheque a minha autoridade dentro da
empresa. Não reagi aos seus insultos e ao seu desafio, mantive o
controle, acho que naquele momento Deus me deu esta benção de eu
ter me controlado daquela maneira.
Cheguei a receber os parabéns pela maneira que me comportei diante
dos insultos vindo de um colega de trabalho que ali estava agora na
condição de cliente, pois era um trabalho seu que estava sendo
produzido e deve ter sido a pressão deste trabalho que causou a
reação do revoltoso.
Isso foi à gota que faltava.
Meu cunhado deu férias ao revoltoso para tentar apaziguar a
situação. Eu estava ciente que esta pessoa era importante para a
empresa. Ele era o atendimento direto de um grande cliente que
representava quase 30% do faturamento. Sabia então que para meu
cunhado me manter na condição de liderança que eu ocupava iria
criar futuros problemas como o antigo funcionário.
Decidi então que quem deveria sair da empresa era eu. Não estava
contente com o resultado financeiro achava que tinha potencial para
conseguir um resultado maior trabalhando por conta própria sempre
dizia a meu cunhado que o que eu ganhava era um bom salário para
os padrões da empresa, mas que se não atendia a minha expectativa
cabia a eu buscar o que eu desejava.
Ele até ensaiou de alguma forma uma maneira que meu resultado
pudesse ser melhor me dando um percentual sobre a produção.
Mas eu sabia da dificuldade de convivência que eu teria no futuro e
acabaria tendo que demitir o revoltoso e isso iria representar queda
no faturamento da empresa.
Então chegamos a combinar que eu poderia fazer um trabalho em
parceria com a empresa onde eu estivesse.
Resolvi ao invés de voltar para Cuiabá onde moravam alguns de meus
filhos em nossa casa, atender a necessidade de nossa filha mais velha.
Ela estava morando em Goiânia e se sentia muito sozinha, havia
conseguido um emprego e estava sediada nesta cidade. Quando ela se
sentia muito só e estava muito deprimida por vezes ligava em meu
celular e não raro acabava chorando.
Então conversei com minha esposa que também se preocupava com
esta situação de nossa filha e resolvemos ir morar com ela em
Goiânia.
Estando em Goiânia fiz o planejamento para prospectar mercado e
vender os produtos da empresa de meu cunhado.
Estava empenhado nisso e alguns meses se passaram, então surgiu
uma informação que me deixou pensativo.
Havia a possibilidade que minha filha fosse transferida para outra
cidade. Isso me fez rever os meus planos, já não poderia dar
continuidade no trabalho que estava fazendo porque isso iria criar um
vinculo e eu teria que permanecer naquela cidade mesmo que minha
filha fosse transferida.
Ela viajava muito em sua atividade e não havia ainda feito amizades
na cidade. Então eu dizia a minha esposa, que este era o motivo pelo
qual nossa filha se sentia tão sozinha, mas acreditava que tão logo ela
conhece pessoas e fizesse amigos ela não precisaria mais da nossa
presença, ou seja, seria mais fácil para ela e não se sentiria tão
sozinha mesmo sem estarmos morando com ela.
Assim aconteceu, ela arranjou um namorado e nós já estávamos
fazendo menos falta. Então decidimos voltar a Cuiabá.
Nesta ocasião nossa casa de Cuiabá estava alugada. Nossa casa é
muito grande não é muito fácil manter uma casa grande limpa
ficando difícil e cara a manutenção, havíamos decidido pela venda,
este era nosso desejo, mas o corretor que estava empenhado nisso,
nos propôs alugar a um cliente seu que havia ficado interessado na
compra da casa até que esta pessoa pudesse obter o financiamento.
Este corretor então havia intermediado a locação de uma pequena
casa para transferir nosso filho como o objetivo de em nossa casa
alojar seu cliente.
A casa onde estava nosso filho morando sozinho era bastante
desconfortável e só viemos a conhecer quando voltamos para Cuiabá
e teríamos que morar junto com ele onde ele estava.
Minha esposa sempre se preocupou com a saúde de nossos filhos e
estava preocupada com a alimentação de nosso filho mais novo e
voltar agora para Cuiabá nos dava certo alivio a este respeito
estaríamos juntos novamente e cuidaríamos de sua alimentação para
que fosse saudável novamente.
Pois bem cá estamos novamente em Cuiabá.
Vamos então trabalhar com o que havíamos iniciado antes do
problema de minha coluna que era o desenvolvimento de paginas
para a internet. Recomeçamos e aos poucos mudamos para uma
quitinete um pouco mais confortável porque a pequena meia água que
meu filho estava morando não possuía forro o que torna muito grande
a presença de pernilongos que são muito comuns no Mato Grosso e
era infestada por formigas.
Não tínhamos mobília as que tínhamos levado para a casa de nossa
filha em Goiânia haviam ficado lá. Meu filho usava as que tínhamos
deixado para ele, somente um fogão uma geladeira e uma cana de
solteiro. Então por um tempo eu e minha esposa ficamos dormindo em
um colchão de solteiro que colocávamos no chão da pequena
quitinete e tínhamos que levantar o colchão durante o dia para
podermos andar ali dentro, eu brincava com eles dizendo que
estávamos morando numa Apertinete fazíamos sempre brincadeiras
como isso, dizendo que para mudar de idéia teríamos que sair para
fora e coisas assim. Nesta faze estávamos sobrevivendo com o
dinheiro recebido pelo aluguel de nossa casa, por isso não podíamos
morar em uma casa de aluguel mais caro. Nos empenhamos para
melhoráramos nossa condição procurando vender os trabalhos de
internet. Aos poucos começamos a obter resultados e nos mudamos
para uma casa um pouco maior. Continuávamos sem mobílias e
dormindo no chão, mas com bastante espaço.
Nesta ocasião fui junto com meu afilhado Marcelo até uma oficina
onde estava para ser consertado um Versailles que havia pertencido a
seu pai meu concunhado João, meu cunhado havia falecido e minha
cunhada e sobrinhos estavam ainda se recuperando da perda do João
que era quem conduzia a família deles. Nesta ocasião eu fui solicitado
para ajudar a resolver um problema usando o que eu possuía de
conhecimento sobre mecânica de veículos era um problema que há
algum tempo não encontravam solução. Eles possuíam uma Van que
estava parada por problemas mecânicos a mais de um ano. Esta seria
uma longa historia se eu for detalhar aqui então vou deixar para uma
próxima oportunidade. Mas como minha cunhada havia comprado um
outro carro, ela me vendeu o Versailles para eu pagar à medida que
pudesse. Isso me ajudou a ter mais mobilidade e possibilitou um
resultado melhor em nossas vendas. Tínhamos alugado uma pequena
sala em um antigo Shopping da cidade que agora havia se tornado um
local de escritórios. Abrimos então nosso escritório que a principio
seria em parceria como meu afilhado e um de meus concunhados.
Meu concunhado nem chegou a dividir conosco desistindo da idéia.
Ficamos então eu e meu afilhado. Projetei eu mesmo os moveis que
iríamos utilizar e contratei um serralheiro que por coincidência havia
encontrado na rua, ele havia sido um antigo funcionário meu fizemos
desta forma visando obtermos o menor custo possível.
Nós mesmos fizemos à pintura e a preparação do local.
Estávamos agora podendo nos sustentar com os serviços de internet e
somado com o dinheiro que recebíamos do aluguel de nossa casa
poderíamos alugar uma casa mais confortável que nos servisse para
residência e escritório. Pudemos também ir a Goiânia e trazer os
moveis que havíamos deixado porque nossa filha não estava mais
precisando deles.
Estávamos em Cuiabá há uns 2 anos quando voltamos a montar a
nossa casa, e dormir numa cama. Nesta época tínhamos grandes
metas, precisávamos investir em equipamentos para melhorar nossos
resultados. Eu havia investido um valor razoável nos consertos do
Versailles, mas estava podendo contar com ele para correr atrás de
resultados.
Estávamos indo bem, mas um pouco limitados pela falta de mais
equipamentos e pessoal. Então surgiu uma oportunidade de comprar
mais equipamentos.
Atendendo meu afilhado eu havia me envolvido em ajudar a consertar
a van que esteve por muito tempo na oficina.
Ela era importada e os problemas que ela deu daria para escrever
outro livro, ela até fez parte de um livro escrito por meu sobrinho
André contando sobre as historias de sua banda. Mas esta é outra
historia.
Após muita correria e despesas havíamos conseguido fazer com que a
van estivesse em condições de ser anunciada para a venda.
Por bastante tempo fiquei anunciando e não conseguia vender. Até
que surgiu um interessado, esta pessoa ao conversarmos havia
oferecido um carro que ainda possuía um saldo financiado que
deveríamos continuar pagando uma parte em dinheiro e o restante em
componentes eletrônicos para montar computadores.
Como estávamos precisando de equipamentos e não estava nada fácil
para vender a van pensei que poderia viabilizar o negocio.
Estaria ajudando a meus parentes a vender a van e também poderiam
ser úteis para nós os equipamentos.
Mas o que fazer como o carro que estaria entrando no negocio como
parte de pagamento por causa do saldo a ser pago em prestações.
Contatos feitos e fiquei sabendo que um de meus parentes o meu
cunhado de Curitiba pretendia comprar um carro nestas condições.
Estava resolvido então, a van ainda tinha alguns consertos a serem
feitos, eu havia contado ao comprador toda a historia desta van e o
que ainda faltava consertar. Este comprador resolveu esperar que
fossem terminados os consertos para receber o veiculo e fechamos
então o negocio. Ai então parte dos valores do restante dos consertos
eu ajudei a pagar, pois estaria recebendo dinheiro que gastaria em
componentes para montar os computadores que precisávamos. Tudo
certo então a van havia ficado pronta e avisei o comprador para vir buscar.
Ele veio com sua esposa e como eu queria que ele estivesse seguro
pedi e acertei um valor com o mecânico para ele acompanhar o
comprador até a cidade onde ele morava distante de Cuiabá perto de
550 km. Estava programado pela pessoa que comprou que ao
chegarem a sua cidade iriam pegar o restante dos familiares e em
seguida viajariam para suas férias no litoral do Paraná.
Resolvido então aquele problema, estávamos agora com mais
equipamentos e eu iria passar o restante do que seria proporcional ao
custo destes equipamentos em dinheiro para minha cunhada e todos
estariam satisfeitos.
No dia seguinte que o mecânico acompanhou o comprador, era este
dia véspera de final de ano. Quando foi perto do horário do almoço
eu recebo uma ligação do mecânico.
Ele estava me perguntando se o comprador havia me ligado.
Disse que tinha embarcado num ônibus até aonde havia sido levado
com a van e estava a caminho de Cuiabá distante já vários kilometros
quando recebeu uma ligação do comprador dizendo que a van estava
fumaceando muito e com um barulho estranho, estava o mecânico me
perguntando se eu também havia sido avisado, respondi ao mecânico
que por enquanto não havia recebido nenhuma informação.
Não demorou muito! Meu telefone tocou, Adivinhem que era no
telefone. O comprador. Dizia que estava com todas as bagagens
prontas para viajar com seus familiares e que sua família no Paraná
estava esperando a sua chegada e que a van estava com problemas.
Queria que eu apresentasse uma solução imediata. E agora, o que
vou fazer, pensei não queria prejudicar a ele e sua família.
Então conversei com minha esposa e como estávamos ainda com o
carro que ele havia deixado nos dirigimos para a cidade onde ele morava.
Dirigi quase a noite toda até fui multado em uma lombada eletrônica
Ao chegar lá pela manha ele estava me aguardando.
Me levou até onde estava a van e tentamos fazer funcionar o motor.
Foi um barulhão danado e muita fumaça. Não havia nada a dizer e
nem a fazer, somente entreguei o carro a ele para que pudesse fazer a
sua viajem. Estava eu e minha esposa distantes de casa no ultimo dia do ano e a pé.
Quando a caminho estávamos chegando próximos da cidade para
onde estava a van, eu imaginando que teria que trazer a van em cima
de um caminhão já fui prestando a atenção neste sentido.
Foi então que vinha um caminhão furgão na direção oposta, dei sinal
com a mão e fiz também sinal de luz, encostei no acostamento. Ele
então reduziu a sua velocidade e parou.
Fui e perguntei a ele se estava vindo para Cuiabá e se tinha espaço
em seu furgão para transportar a van. Ele então me disse que iria
passar por Cuiabá e achava que sim que poderia caber a van desceu
e fomos juntos abrir o tampa traseira e olhar.
Seria necessário ajeitar um espaço empilhando melhor a sua carga,
mas era possível que a van coubesse ali dentro.
Mas então ele me explicou que não poderia passar pela fiscalização
ele havia sido impedido de entrar no Mato Grosso porque não havia
recolhido o imposto da carga que estava transportando e que teria
que esperar até terminar o feriado de final de ano para que seus
patrões mandassem dinheiro para ele recolher o imposto e poder
seguir viaje. Lá vou eu novamente tentar encontrar uma solução.
Estou acostumado a raciocínios rápidos a procurar encontrar soluções.
Eu não tinha o dinheiro suficiente para ele pagar os impostos para
que pudéssemos seguir viaje mesmo o valor que eu iria pagar a ele
era insuficiente, mas disse a ele, me siga, pois ainda faltavam 50 km
para chegar onde estaria a van e encontraremos uma solução.
Tendo agora constatado que seria obrigado a levar a van de volta
para Cuiabá eu pelo menos já havia arranjado uma forma de fazer
isso. Seria muito difícil por ser véspera de final de anos conseguir
este transporte. Expliquei a situação ao comprador da van e
perguntei se ele não poderia trocar um cheque meu para inteirar o
dinheiro dos impostos. Ele respondeu que o dinheiro que ele tinha não
poderia arranjar devido às despesas que teria na sua viajem com sua família.
Mas disse vamos tentar com um conhecido meu, fomos até uma loja
de peças e estava resolvida esta parte do problema.
Depois de uma trabalheira danada para ajeitar a carga e colocar a
van dentro do furgão seguimos a viajem rumo a Cuiabá.
Vejam só novamente podemos perceber a ajuda de Deus a resolver
mais esta parte do problema.
Era mais de meia noite quando chegamos a Cuiabá e encostados em
um barranco improvisamos uma rampa com pedaços de pau
conseguimos tirar a van de dentro do furgão.
Me despedi do motorista e fiquei com cheques pré-datados que ele
havia recebido em suas entregas como devolução pelo valor pago dos impostos.
Fui dirigindo a van com todo cuidado e vagarosamente.
Já era madrugada quando cheguei à casa do mecânico.
Pra encurtar a historia colocamos a van na garagem do mecânico e
ali ela permaneceu por um ano mais ou menos, até que
conseguíssemos as peças para fazer o motor.
Estava com outro problema agora, maior que o anterior, antes queria
consertar e vender a van, agora teria que resolver um problema
maior e ainda devolver o dinheiro recebido através dos componentes
eletrônicos e despesas feitas pelo comprador. Ela havia pagado
documentos atrasados e de brinde eu teria que pagar a multa que eu
havia levado na ida para buscar a van.
Nesta data que estou escrevendo esta historia, já faz alguns anos que
isso aconteceu, a van acabou ficando comigo e ainda estou pagando o
valor que tive que devolver para o comprador, alem do que tive que
gastar tentando consertar a van até que desisti e arranquei o motor
dela e adaptei um outro para poder usar o veiculo. Depois de tantos
anos somente agora há pouco tempo pude usar a van para fazer uma
viagem com segurança.
E ainda teria muito a contar desta novela da van. Mas deixa pra lá.
Estou contando esta experiência com a van, para passar a mensagem
que muitas a provas somos submetidos nesta vida.
Seguimos paralelos a estas experiências com o curso normal de
nossas vidas. Pena que este curso às vezes não seja tão normal.
Quanto a nossa atividade produzindo sites demos continuidade.
Agora são 12h24min e vou dar uma paradinha para descansar um
pouco. Retornei agora são 13h15min
Eu dizia então, que continuamos com nossa atividade de produzir sites.
Estávamos com grandes metas a atingir, apesar da divida que ficou
pendente com a van, possuía-mos agora mais equipamentos que nos
permitiriam atingir estas metas. Precisávamos de mais pessoas agora.
Colocamos anúncios nas faculdades e logo aparecerem candidatos.
Estávamos preparados, tínhamos todos os recursos necessários para
atingirmos nossas metas.
Vamos então vender os trabalhos mais complexos que nos daria o que
buscávamos em termos de lucratividade.
Seria em minha opinião de maior interesse para quem desejasse
comprar uma ferramenta na internet um site que oferecesse retorno
financeiro, alem da propaganda que oferece um site institucional.
Este tipo de retorno de investimento é a proposta de um e-commerce
nome dado ao site que funciona como uma loja virtual.
Numa loja virtual é possível navegar nos mais diversos conteúdos
explicativos escolher e comprar qualquer tipo de produto.
Será o sistema de comercio do futuro em minha opinião. Hoje este
sistema já responde por uma enorme variedade de produtos que são
comercializados nestes ambientes virtuais.
Então eu estava apostando nestas soluções quando pensava em estar
preparado para crescer em nosso segmento, por isso os equipamentos
e os profissionais teriam que estar à altura desta tecnologia.
Fiz contatos expliquei o funcionamento e defendi a segurança deste
tipo de comercio virtual. Em resposta ao trabalho clientes compraram
este tipo de site. Tudo conforme pretendíamos que acontecesse.
Iniciamos e concluímos alguns trabalhos com esta finalidade.
Ficamos desapontados pelo fato de não haver sido dado continuidade
por problemas surgidos da parte de outras pessoas que teriam que
estar desempenhando algumas funções em paralelo ao que era a
nossa parte dentro do processo, nossa parte consistia em construir o
ambiente virtual e estas pessoas faziam parte do sistema que iria
enviar ao ambiente virtual as informações que constantemente teriam
que ser atualizadas. Como em um sistema de gestão são muitas as
atualizações devido a constantes modificações como tipo de produto e
preço de custo e preço para venda estas informações teriam que ser
também atualizadas no ambiente virtual. Tínhamos soluções que
funcionavam sem necessitar receber de outras fontes as atualizações
porem para lojas com grande volume de produtos não seriam
adequadas devido ao grande trabalho que teria que ser feito. Todo
lançamento de produto teria que ser feito um a um como é feito em um
sistema de gestão de estoque e venda. Desta forma estaria sendo
duplicado o trabalho de atualização o que tornaria menos
interessante a idéia do e-commerce.
Nossa meta era que estas atualizações fossem feitas de forma
automática, sempre que o cliente modificasse alguma informação em
seu sistema de gestão os sistemas virtuais estariam aptos a receber
estas atualizações em tempo real. Nossa dificuldade maior foi que os
sistemas de gestão utilizados pela maioria de nossos clientes ainda
não estavam evoluídos ao nível dos sistemas que operam no ambiente
web. Isso nos gerou um desconforto, pois nosso sucesso dependeria
do retorno obtido por nossos clientes através da vendas efetuadas
justificando assim os valores que estariam investindo nestas soluções.
Outra dificuldade foi o pouco empenho de pessoas de quem
esperávamos maior comprometimento. Muitos detalhes acabavam por
travar o processo de implantação de um website com esta tecnologia.
Estou citando aqui a forma mais lucrativa de uso que seria o
comercio virtual. Mas dificuldades surgiam em sites simples também.
Até mesmo contar a historia do surgimento da empresa que teria que
ser feito pelo proprietário do negocio, por vezes acabava atrasando
por muito tempo a implantação do site mais simples possível.
Continuamos fazendo nossa parte. Estávamos sendo pagos e estava a
critério do cliente se iria se beneficiar ou não por aquilo que estava
comprando. Mas confesso que trabalhar desta forma não é motivador.
Ao atender um antigo cliente da época em que atuei com a
comunicação visual em paralelo a implantação de seu site surgiu
também a possibilidade de executar alguns trabalhos novamente em
nossa antiga área de atuação a comunicação visual. Foi mais uma vez
que tentei retornar para este segmento, fui em busca de um antigo
funcionário entramos em entendimento e executamos alguns
trabalhos, mas infelizmente as circunstancias não nos permitiram dar continuidade.
Estávamos conduzindo nossa equipe e assim continuamos dedicados
ao segmento de soluções para a internet.
Nesta área meu filho é que é o desenvolvedor e eu atuo na parte
administrativa e de vendas. Meu filho tem como atividade paralela
produzir e tocar musica eletrônica, e esta é a ocupação que ele mais
gosta atualmente.
Estive sempre buscando meu ponto de equilíbrio financeiro,
costumava brincar dizendo que estava me formando em dificuldade
de economia.
Numa noite ao dormir tive um sonho com um antigo cliente da área
de comunicação que havia se tornado também um amigo. Até cometi
uma injustiça em não lembrar dele quando contei sobre a fase em que
tive o problema de coluna. Chamasse Ricardo este que eu considero
como amigo e acredito que ele também assim me considere.
Não é uma amizade tão intima, mas acho que se fundou no respeito
mutuo da nossa maneira de agir que sempre nos identificou.
Pois bem eu ao sonhar com ele fiquei preocupado em saber se ele
estava bem, liguei para ele e perguntei se estava tudo em ordem com
ele e a empresa família etc… Então ele me disse que sim que tudo
estava em ordem somente uma correria maluca, conforme ele costuma
falar. Então perguntei se ele estava precisando de alguma coisa,
como estava a pousada que ele havia arrendado no pantanal ele me
respondei que estava precisando de alguém com o meu perfil para
ajudar a tocar a pousada, pois ele apesar de ter o sonho de poder
ficar lá isso não era possível para ele, por causa de seus outros
compromissos com a sua empresa.
Vamos lá desafios é comigo mesmo pensei. Naquele mesmo instante
combinamos a minha ida a seu escritório, era domingo e fui até lá
para conversarmos. Ele é do tipo de pessoa que assobia e chupa cana
ao mesmo tempo, é difícil falar com ele sem ser interrompido por um
de seus funcionários ou um telefone que toca. Mas apesar de muito
tempo pouco conversar sobre detalhes, mas estava combinado eu iria
tocar a pousada junto com ele. Então ele me falou a respeito de um
funcionário seu que na verdade era mais amigo do que funcionário
Chamasse Vanderlei esta pessoa, dizia pra mim o Ricardo com o
jeitão de gaúcho dele e a cuia de chimarrão na mão bicho.. você vai
gostar demais do Vanderlei… ele é isso e aquilo falou tanto que eu já
estava convencido, realmente mais tarde ao conhecer vim a me tornar
também amigo do Vanderlei. Começava então minha etapa de
Indiana Jones como sempre minha esposa Regina me
acompanhando, fosse bom ou ruim esteve sempre ao meu lado e então
lá estava a mocinha Regina ao lado do Indiana Luiz que era eu nesta
aventura pantaneira. A pousada fica no km 62 da rodovia
trans-pantaneira no Mato Grosso distante 162 km de Cuiabá e 62 de
Poconé, que é a cidade mais próxima no pantanal é somente água e
bichos para todos os lados.
Esta estrada não pode ser pavimentada para não prejudicar a fauna
da região, é um belo passeio andar por esta estrada olhando os
diversos tipos de aves e animais que se encontram por ali, e uma
infinidade de jacarés. Realmente podemos sentir ali o quanto é bela a
natureza que Deus criou. Pensei ser esta oportunidade o atendimento
de Deus aos nossos pedidos por uma fonte de renda que nos desse o
tão sonhado equilíbrio financeiro.
Como em tudo que me dediquei a fazer até hoje novamente eu estava
envolvido até os fios de cabelo com o objetivo de fazer com que tudo
desse certo. Um levantamento de estoque foi feito para poder mais
tarde ser devolvido ao Ricardo os valores correspondentes. Também
fizemos um levantamento das condições físicas da pousada e tudo o
mais que seria preciso para traçar uma linha que nos mostrasse por
onde começar. Eram vários os detalhes que estariam relacionados ao
sucesso do negocio.
A pousada não vinha dando o retorno desejado e era este o motivo da
minha entrada na sociedade com o Ricardo. Seriamos então eu o
Ricardo e o Vanderlei os responsáveis pela pousada. O Vanderlei era
a pessoa que morava na pousada e cuidava de tudo, organizava as
compras e determinava os afazeres dos funcionários.
Ele era solteiro naquela época não sei se ainda continua, mas isso
permitia a ele que ficasse ali pelo tempo que desejasse, chegando a
estar sem sair de dentro da área da pousada há 50 dias quando eu o
conheci. Minha missão era a de usar meus conhecimentos na área de
propaganda para promover a ida de hospedes para lá. Assim eu fiz
tracei uma estratégia de divulgação, fui em busca de patrocínios fiz o
que pude, fizemos um site arrojado com versão em inglês e português
Registrei vários domínios na internet. E foi muita correria. Eu agora
também estava fazendo as compras para suprir a pousada e um
pequeno mercadinho que tínhamos e chamávamos de conveniência.
Era com meu carro mesmo que transportava as compras. No inicio o
Ricardo era quem fazia isso, mas devido a sua falta de tempo
precisávamos de mais agilidade e me dispus a fazer as compras.
Estávamos agora com uma propaganda na televisão que eu havia
conseguido como permuta por hospedagem, eu consegui esta permuta
através da amizade que tenho com o pai da Luana que foi noiva de
meu filho mais novo e que morou junto conosco por algum tempo.
Agora estávamos na mídia e recebíamos ligações e estávamos
levando hospedes para a pousada. Surgiu então um problema que
precisávamos resolver era a presença de morcegos que são comuns
no pantanal eles ocupavam os telhados e até em frestas das paredes
da pousada eles entravam isso trazia um desconforto aos hospedes
que nos perguntavam que barulho era aquele que ouviam sob o forro
dos apartamentos. Pior que o barulho era o cheiro de suas fezes e
urina. Isso fez com que eu tivesse que repensar minhas estratégias,
não adiantaria me empenhar em levar hospedes sem que antes fossem
resolvidos os problemas na pousada. Existiam alem do problema com
os morcegos, o problema da manutenção das instalações.
Os reparos necessários estavam dependendo de investimentos, como a
pousada era arrendada estava aguardando uma posição dos proprietários.
Eu em meu esforço por inovar e criar opções para nossos hospedes já
havia ido em busca de outros locais para atividades que pudessem
atrair mais hospedes. Como o objetivo principal dos turistas era
poderem ver de perto uma onça, eu procurei localizar onde seria mais
provável que esse encontro acontecesse, fui a vários lugares bastante
remotos e fazendas abandonadas, cheguei a localizar em outro estado
o proprietário de uma fazenda onde havia búfalos selvagens e fiz uma
parceria com ele que me permitia levar nossos hospedes para lá. Eu
iria recuperar as casas que existiam na fazenda e estavam
abandonadas utilizando os recursos da pousada e em troca tínhamos
acesso livre a sua fazenda. Minha idéia inicial era criar um Reality
Show pantaneiro, seria o seguinte, ao chegar o hospede ficaria
hospedado na pousada. Em seguida ele seria levado aos pontos de
visitação e passeio de barco da pousada. Ao ter esgotado os atrativos
de nossa pousada ele poderia fazer o que eu pretendia chamar de
dia de peão pantaneiro e seria na outra fazenda que isso iria ser
feito, ela ficava mais ainda adentro do pantanal numa região
desabitada pelo homem e eli as onças estavam presentes
constantemente comido cachorros e porcos da fazenda próxima.
Neste dia de peão pantaneiro iríamos vestir os homens e mulheres
com roupas iguais a de vaqueiros, iriam comer ao redor da fogueira e
poderiam dormir na sede da fazenda em redes, sem conforto, para se
sentirem realmente como peões, nos dias seguintes poderiam montar
em cavalos e ajudar na lida como búfalos que eu já estava
domesticando novamente para que não oferecessem perigo aos
participantes. Seria uma aventura andando como sob os cavalos
pantaneiros com a água ate na altura das pernas, entre os capins e
matos do cerrado atravessando a nado sob o cavalo a rios e andando
pelos campos. Este era meu projeto. Pensando que ainda poderia
enriquecer mais as opções cheguei a tentar trocar a nossa casa por
uma chalana, quase consegui, minha negociação foi impedida por um
dos donos da chalana que não aceitou eram seis os donos daquela
chalana, acho que não era para ter se realizado.
Com a chalana seria possível ocupar os hospedes que gostassem de
pescar e também de fazer safáris fotográficos. Nas margens dos rios
também era grande a possibilidade de se avistar uma onça.
Como podem ver estava tudo idealizado, havia feito banners que
coloquei em vários pontos onde havia bastante fluxo de pessoas e
também placas estavam prontas para serem instaladas às margens da
estrada, seriam varias placas orientando a direção e informando a
distancia, onde também mostrava fotos da pousada e suas instalações.
Me empenhei ao máximo, mas agora tudo estava dependendo dos
reparos na pousada e resolver o problema da infestação de morcegos.
Acho que nesta ocasião eu reprovei novamente no quesito prova no
âmbito divino. Talvez por este motivo não tenha acontecido como eu esperava.
A renda que mantinha a pousada era na maior parte proveniente da
conveniência onde era a cerveja o principal produto comercializado
montei ali uma pastelaria também, mas era vendido mais cerveja do
que outra coisa. Eu concordando com a venda da cerveja e investindo
nela estava então conivente com aquele habito dos clientes. Parte
deles peões que trabalhavam nas fazendas e pousadas próximas. Para
atender este tipo de cliente é que acredito que perdi a benção
novamente, aquilo que poderia ser uma benção acabou se
inviabilizando. Um destes clientes era o responsável por uma fazenda
próxima. Ele comprava fiado e depois queria pagar com animais da
fazenda onde trabalhava. Dizia que o dono havia dado a ele em
pagamento por serviços e eu errei em aceitar, penso que esse possa
ter sido o meu erro.
Então eu estava aguardando as decisões dos proprietários da
pousada em relação aos investimentos que precisariam ser feitos, o
tempo estava passando a temporada de turismo terminando e nada
havia sido resolvido por eles, cheguei a propor que me vendessem a
pousada daria minha casa como entrada e correria em busca de
financiamento de incentivo ao turismo para pagar o restante e
promover as reformas necessárias. Nada nenhuma resposta, até que
um dia eu estava com familiares que haviam vindo passar o final de
ano conosco na pousada, faltou alguns itens e fui à cidade de Poconé
para comprar, lá chegando fiquei sabendo do falecimento do senhor
que era o proprietário da pousada.
Foi então por água a baixo meus planos, se não haviam decidido
sobre assuntos urgentes para a sobrevivência da pousada durante
meses que eu estava ali, agora então como o falecimento do
proprietário não havia muito mais a esperar, me reuni com o Ricardo
e disse a ele que estaria devolvendo a ele a pousada alias ele estava
ciente que não havia condições de tocar daquela maneira.
Sofri muito cansaço naquelas estradas. Problemas mecânicos.
Andava por ela a noite correndo rico de cair em uma das pontes que
são de madeira e cheias de defeitos. Lembro de uma noite que
encontramos com uma onça adando na estrada era por volta de
22h00min era uma onça enorme e estava cheio do pó da estrada em seus pelos.
Para terminar de contar sobre a pousada vou encurtar o assunto
dizendo que acabei saindo com menos do que havia entrado no
negocio, até os cavalos que comprei os motores dos barcos que eu
usava em minhas pescarias acabei dando em pagamento dos custos
existentes pra poder fazer a entrega da pousada.
Assim terminou o filme Luiz Jones em aventuras no pantanal do
Mato Grosso.
O Ricardo ainda esta lá tentando tocar a pousada, como diz o ditado
gaúcho Esta que nem porco comendo bóia quente se queima tudo,
mas não larga o osso tche!
Depois de nossa aventura pantaneira.
Recentemente eu me minha esposa nos mudamos para Goiânia para
estarmos ajudando a cuidar de nosso netinho.
Esta mudança de cidade me motivou a voltar a uma atividade
paralela que tive no passado e mantive por muitos anos era ligada a
área de transporte. No final da década de oitenta eu havia comprado
em sociedade com meu cunhado João hoje falecido um caminhão
Scania daqueles modelos alaranjados que hoje tem o apelido de
jacaré, era um 111 S com carreta carga seca, esta experiência me fez
aprender a gostar deste ramo. Sempre procurei manter esta
alternativa de renda paralela e depois possui mais alguns caminhões.
Agora ao estar próximo dos meus 50anos e os filhos estando
independentes me decidi a retomar esta atividade e estou atualmente
em Cuiabá com este objetivo.
Não conseguimos acumular fortuna, sempre priorizamos o bem estar
da família no sentido de proporcionarmos uma boa qualidade de vida
e um bom preparo na sua faze escolar para sua formação.
Viajamos e usufruímos do nosso dinheiro desta forma, pelo que não
me arrependo, pelo contrario dou graças a Deus que nos permitiu que
fosse desta maneira as nossas vidas. Aproveitamos enquanto os
momentos se faziam propícios e estávamos todos juntos. Hoje caso eu
tivesse economizado e deixado de viver como vivemos, talvez não
tivéssemos a oportunidade de estarmos juntos para aproveitarmos
tanto quanto aproveitamos.
Hoje cada um de nossos filhos tem seus compromissos à vida de cada
um os ocupa de forma que se torna difícil às reuniões entre todos os
membros da família. De que adiantaria agora o dinheiro se
ficássemos lamentando não ter a oportunidade de usufruir não é
mesmo?
Nosso objetivo hoje o meu e de minha esposa é o de termos a renda
que precisamos para manter nossas despesas básicas pagar nossas
contas de consumo em dia e podermos viajar um pouco continuar
comendo o que nos dá prazer e não muito mais que isso. Queremos
ter para morar um ambiente pequeno que seja limpo e aconchegante
que poderá ser um pequeno apartamento ou uma pequena casa.
Estive as voltas para iniciar em Goiânia onde residimos novamente
uma empresa de comunicação visual, mas algumas situações foram
levantadas e conclui que estou com uma idade na qual não acho que
não justificaria um recomeço neste segmento que acabaria por
ocupar todo o meu tempo e me envolver por muitos anos até que
pudéssemos colher resultados compensadores.
Minha vinda há alguns meses para Cuiabá foi com o objetivo de
comprar um caminhão. Esperava fazer isso através do dinheiro que
pretendia obter com a venda de nossa casa. Nossa casa foi uma
benção que Deus nos deu onde por anos vivemos felizes e passamos
bons momentos na companhia de nossos filhos e parentes.
Por algum tempo esta casa ficou alugada não me queixo por isso, até
mesmo agradeço a Deus porque foi nossa fonte de renda por um
período de recomeço.
Mas o valor do aluguel como renda em vista da possibilidade de
ganho que espero obter através do caminhão deixa de ser atrativo.
Até já havia feito uma negociação com nossa casa, eu estava em
Goiânia navegando na internet e havia encontrado um anuncio de um
site de venda de caminhões, um caminhão que me interessou.
Contatos foram iniciados fotos pra mostrar a casa foram enviadas, a
pessoa demonstrou interesse e pediu a uma de suas filhas que estaria
passando por Cuiabá que viesse ver pessoalmente o imóvel.
Tendo ela visto o imóvel acredito que tenha gostado. Fiz contato e a
pessoa me disse que poderíamos fazer a troca. Este caminhão estava
em outra cidade bastante distante de Cuiabá, isso para mim não foi
problema, peguei um ônibus e vim com o propósito de fazer a troca.
Quando lá cheguei o fui ver os caminhões que eu havia visto somente
através de fotos grande foi o meu desapontamento. As fotos que eu vi
no anúncio devem ter sido tiradas em uma época que aqueles
caminhões eram mais novos. Seria esta a única explicação para o
estado em que se encontravam.
Fazer o que tudo não são provas? Seria esta mais uma? Não quis me
indispor com a pessoa que havia me feito fazer uma viagem tão
grande e cansativa. Somente aceitei a situação e tomei o rumo de
volta para Cuiabá. Confesso que fiquei bastante frustrado com aquela
experiência. Pedi perdão a Deus por ainda não estar preparado para
receber a benção que eu estava esperando que fosse receber ao fazer
este negocio. Como a distancia entre Cuiabá e Goiânia não é pequena
em torno de 940 km. Eu decidi ficar em Cuiabá e tentar arranjar
outro negocio para a casa.
Procurei fazer contatos por telefone mandei e-mails com fotos e
anunciei através de sites da internet com o objetivo de conseguir
vender ou trocar a casa por um caminhão.
Agora ao escrever esta parte me recordo que estou esquecendo de
uma parte importante da historia e terei que voltar algumas paginas
atrás para contar, foi à época que estivemos tocando uma pousada no
pantanal.
Bem agora que registrei a aventura pantaneira posso dar
continuidade a historia.
Como estava dizendo meu desejo é conseguir um caminhão, alguns
negócios quase chegaram a ser efetivados, cheguei a fazer um amigo
que conheci por ocasião de seu interesse pela compra. Mas ainda não
atingi meu objetivo.
Tenho pedido em minhas orações que Deus me perdoe por ficar
ansioso e persistir neste objetivo, peço que se não for da sua vontade
que ele me ajude aceitar isso e me de um caminho na direção que
devo seguir. Muitas vezes pensamos que o que desejamos seria o
melhor para nós, mas podemos estar enganados, como a venda não se
concretizou até agora já faz alguns meses que estou nesta agonia.
Resolvi com a ajuda de minha filha tentar financiar a compra de um
caminhão. Deste o dia 7 deste mês de outubro eu estava aguardando
a resposta do cadastro. Haviam sido entregues todos os documentos
que foram solicitados para a análise. Havia sido encaminhado um
cadastro através da loja de caminhões que pertence à família de
nosso amigo Alexandre. E o outro pedido foi feito através do banco
onde existe a conta de empresa da minha filha. O primeiro cadastro
foi recusado pela alegação que a atividade da empresa de minha filha
não justificaria a utilização de um caminhão como o que eu desejo
comprar. A resposta do banco também seguiu este raciocínio. Pensei
então, seja feito a sua vontade meu Deus.
Nestes dias estou dormindo em um colchão no chão, porque como
nosso objetivo é a venda da casa, para fazer uma pintura
desmontamos o que restava de mobília e estamos eu e meu filho, aqui
acampados aguardando os acontecimentos. Somente a cozinha que
fica na edícula da casa ainda esta montada.
Até havia dito a minha esposa que pretendia ir embora, desistir da
venda, já que não se realizava, deveria ser esta a vontade de Deus.
E não sou ninguém pra questionar com Deus. Penso assim porque
acredito que Deus tem o poder para fazer as coisas acontecerem e se
não acontecem é por que ou não estamos ainda preparados para
administrar a benção que pedimos ou pode não ser bom para nós o
que estamos pedindo.
Sexta feira ao esperar a ultima palavra do banco aquela que
mencionei acima foi à resposta que recebi. Pensei então está
acabado. Resta agora e aceitar e tomar as providências para o meu
retorno para Goiânia. Não tenho comentado com minha esposa sobre
as tentativas que tenho feito, seu estado de saúde como havia contado
anteriormente ainda não anda normal. E assim como eu, ela esta
triste como nosso afastamento, devido à busca deste objetivo.
Para poupá-la da ansiedade que sinto ao ficar esperando uma
resposta é que nem tenho comentado sobre estas possibilidades com ela.
Dias atrás em minha busca pelo caminhão ideal, que fosse de um
valor mais baixo e estivesse em boas condições, ao ter ido a uma loja
ver o que me parecia ser um bom caminhão, não era, mas o rapaz que
me atendeu foi muito bacana e me disse que tinha conhecimento de
clientes seus que estavam vendendo caminhões usados para comprar
caminhões novos, e em levou até um destes clientes.
Lá chegando conheci o Sergio que me pareceu uma pessoa muito
positiva em suas afirmações nos deu muita atenção e nos mostrou os
caminhões que estavam para ser vendidos. Me disse sobre o estado
em que se encontrava a mecânica dos veículos não tentando esconder
que um destes caminhões teria que passar por uma retifica de seu
motor. Então no outro que ele me mostrou entrei no caminhão a seu convite,
ele funcionou o motor e me disse qual eram as suas condições
mecânicas. Este caminhão conforme ele me disse iria custar mais
caro devido aos reparos pelos quais ele já havia passado. Mas senti
que seria este o caminhão que desejava. Estava ainda sem condições
para a compra porque ainda não havia recebido a resposta dos
financiamentos. Fui apresentado ao proprietário da empresa que esta
vendendo os caminhões, conversamos e chegamos a nos entender até
no sentido de que o caminhão poderia continuar prestando serviços
para a sua empresa.
Ao longo destes dias que se passaram enquanto eu aguardava as
respostas dos cadastros fiz outros contatos com o Sergio e teve inicio
uma amizade espontânea entre nós. Estava então com pouca
possibilidade de aprovação o cadastro conforme me dizia a gerente do banco.
Que dizer senão que fiquei sentido, mas antes que eu perdesse as
esperanças a gerente me disse que iria tentar aprovar o credito na
conta da pessoa física de minha filha, imediatamente mandou a
consulta e pediu que ligasse para ela dali à uma hora e meia,
procurei continuar a escrever esta historia para ajudar o tempo
passar mais rápido e quando deu o horário tentei ligar, que agonia o
telefone não atendia, varias foram às tentativas até que consegui falar
com ela, ela me disse que havia surgido um impedimento e o sistema
não permitiria a aprovação. Contei então a minha filha, ela
imediatamente mesmo antes de eu desligar havia explicado o motivo
do impedimento. No mesmo instante expliquei a gerente que me
orientou ao procedimento que deveríamos tomar. Enquanto eu
terminava de falar minha filha no outro telefone havia conseguido
resolver o problema. Estão fomos debaixo de uma forte chuva ao banco,
mas chegando lá a gerente já havia ido embora. Passei então escrevendo
o restante desta historia até chegar aqui e irei aguardar até segunda feira para saber
sobre a aprovação do cadastro, que com a graça de Deus a de me
perdoar pelas minhas faltas pelos méritos de nosso Senhor Jesus
Cristo e me permitir mais esta benção.
Há pouco tempo tenho conseguido me dirigir diretamente a Jesus em
minhas orações sentindo sua presença de uma forma mais intima em
minha oração.
Pois então meus queridos agora são 19h10min do dia 24 de outubro
do ano de 2.009 chegamos ao momento que estou vivendo e deixa de
ser uma historia do passado e passa a ser um relato do presente,
estarei escrevendo então nos próximos dias qual foi o desfecho dos
acontecimentos.
Desejo a todos à Paz de Deus e sua misericórdia para com todos nós.
Existem aqui ainda duas paginas que o Word gerou e estão em branco
espero nelas escrever que Deus me permitiu realizar a compra do
caminhão e que esta tudo conforme era esperado e estou me dirigindo
para minha casa em Goiânia para contar mais uma benção recebida
a minha esposa. 19h17minh.
Hoje é dia 28 de outubro. Estou no dia de meu aniversario de 50
anos. Terminei de reler e corrigir alguns trechos da historia e ainda
não recebei a resposta final do banco sobre a aprovação do cadastro.
Vou ligar agora para ver se a resposta será positiva.
Ligar para um banco e uma tarefa desgastante, são inúmeras as
tentativas para se conseguir resultado.
Hoje é dia 11 de novembro de 2.009.
Passados duas semanas do dia de meu aniversario volto a escrever.
Qual foi a resposta do banco? Esta é a pergunta não é mesmo.
Pois bem, Durante as três tentativas as respostas foram as seguintes.
1º resposta. Na administração central, o banco havia aprovado um
limite de credito que seria suficiente, mas teria que passar pela
aprovação de um comitê na agencia do solicitante.
O que seria este comitê ? uma reunião onde participam todos os
gerentes da agencia e discutem o pedido entre eles e em conjunto
aprovam ou não a solicitação.
Neste comitê chegaram à conclusão que não estaria destinado a
atividade da empresa o bem que estaria sendo financiado, por tratar-
se de caminhão para transporte pesado e não ser esta a atividade da
empresa de minha filha. Foi então sugerido pela gerente que fosse
tentado o financiamento através de seu nome como pessoa física.
Então mais alguns dias aguardando a resposta, esta resposta foi a
seguinte. O caminhão que estaria sendo financiado tinha mais anos
de uso do que o padrão permitido para financiamento, por haverem
sido estabelecidas a pouco novas regras que determinavam quantos
anos de uso poderia ter o veiculo a ser financiado.
Ou seja, a resposta não atendia a expectativa.
Foi comentado pela gerente que teria que ser proposto o
financiamento de um caminhão com menos anos de uso, em
conseqüência disso o valor seria maior a ser financiado, o valor das
prestações também seria maior e devido ao valor ser
consideravelmente alto, menores seriam as possibilidades de ser
aprovado o financiamento. Resumo não deu certo.
No mesmo dia estando eu já preparado para qualquer que fosse a
resposta, confesso que fiquei desanimado, mesmo achando estar
preparado para qualquer resposta. Neste mesmo dia que eu iria
receber a resposta final do banco, mesmo antes de receber a resposta
do banco, eu recebi uma ligação em resposta a um e-mail. Eu havia
colocado um anuncio da venda da casa em um site na internet, neste
anuncio dizia que eu aceitava troca por caminhão.
Neste e-mail, esta pessoa me perguntava se eu aceitaria maquinas de
terraplanagem como pagamento. Respondi que me liga-se e
poderíamos conversar sobre a possibilidade. Estava então recebendo
através desta ligação mais informações de quais seriam os
equipamentos em questão. Explicou-me então a pessoa que se chama
Junior, ele me oferecia trator, uma Patrol Catterpilar modelo 12-e
ano 1.979, valor proposto R$ 100.000,00 um Caminhão caçamba
marca Internacional ano 2000 valor proposto R$ 100.000,00.
Outro caminhão MB 1519 caçamba, valor proposto R$ 58.000,00.
Esta era a sua proposta inicial. Não disse que sim e nem não.
Quem sabe Deus estaria me dirigindo para este negocio.
Fui então procurar informações a respeito do valor destes
equipamentos e sobre o tipo de utilização que poderia fazer dos
mesmos. Esta pessoa havia comentado sobre um outro equipamento
que poderia ser utilizado no negocio, mas deixando claro que seu
interesse maior era a não utilização deste equipamento e sim os
outros, era um trator modelo pá carregadeira marca Caterpillar
modelo 930- R ano 1.986, seu valor seria R$ 100.000,00.
Ao me informar sobre os valores dos equipamentos, fui informado que
somente o que ele não pretendia utilizar teria mais facilidade de
venda. E os demais estariam também com valores pedidos alem do
seu valor de mercado. Mesmo assim tentei alguma forma que pudesse
viabilizar o negocio. Propostas pra lá e contra propostas pra cá. Mais
alguns dias de agonia. Como, são angustiantes estes espaços de
tempo em que ficamos aguardando uma resposta ou definição. Fiz
uma contra proposta que seria a de pegar todos os equipamentos o
que após alguma negociação e alinhamento de valores entre o
proposto e o valor de mercado totalizaria o valor de R$ 320.000,00.
Conforme argumentei baseado nas pesquisas que havia feito, eu
poderia ter que baixar consideravelmente o valor caso desejasse
vender estes equipamentos. Mas pensei comigo, quem sabe eu possa
de posse destes equipamentos, dar inicio a uma prestadora de
serviços de terraplanagens ou serviços que eu pudesse utilizar estes
equipamentos. Quem sabe seria esta a oportunidade que Deus estaria
encaminhando para nós. Estava pensando seriamente sobre o
assunto. Mas depois de aguardar por mais um tempo, recebi a
resposta. Não havia sido aceita a minha contraproposta. Mas surgia
uma outra contra-contra proposta. Hehe mais uma para ser
analisada. Como o candidato à compra sabia de meu desejo de
comprar um caminhão, ele me informou que havia recebido naquele
dia uma proposta de uma pessoa que devia dinheiro a ele.
Interrompi um pouco minha historia para dar atenção ao meu filho
que me perguntava o que faríamos para o almoço. Depois de algumas
sugestões definido o cardápio, ao me levantar senti uma dorzinha na
musculatura da perna esquerda, nada de anormal, era o resultado do
esforço feito no dia anterior esfregando a piscina de nossa casa.
Então meu filho comentou comigo que também havia ficado com o
corpo dolorido, fiquei feliz com o relato da origem da dor de que ele
estava se queixando. A dor havia sido proveniente dos passeios que
ele havia feito na casa de seu amigo. Existe lá num lago e fica numa
cidade distante 100 km de onde moramos. Chamasse Manso o lugar,
este lago surgiu pelo represamento que possibilitou a construção da
usina hidroelétrica de Manso. Neste lago pessoas de com certo poder
aquisitivo possuem casas para passar os finais de semana. Meu filho
havia estado no ultimo final de semana numa destas casas de
propriedade do pai de seu amigo, na companhia da namorada do
amigo que o convidou e mais alguns amigos. Lá estiveram andando
de jet-ski e triciclos, e este era o motivo das dores que ele se queixava,
não como uma queixa propriamente, mas como um comentário com
ares de satisfação pelos momentos que havia vivido.
Pois vejam como isto e para refletirmos, por vezes nos esforçamos
para que nossos filhos tenham acesso a certos prazeres dos quais
também gostaria-mos de ter acesso, por vezes podemos proporcionar
e às vezes não esta ao nosso alcance. Seria este um dos prazeres que
estaria fora de meu alcance proporcionar a meu filho, mas Deus o fez por mim.
Enquanto eu estou angustiado em busca do caminho a ser seguido,
buscando estar sensível a orientação de Deus perguntando em qual
caminho seguir o que devo fazer como trabalho para obter a
estabilidade financeira que estamos buscando, me sentindo frustrado
porque as coisas não acontecem dando um direcionamento para
minha ocupação e respectiva fonte de renda. Meu filho sem nada
esperar ou planejar estava vivendo momentos dos quais poucas
pessoas tem acesso. Gloria a Deus por que dá a quem ele deseja sem
que esta pessoa que recebe tenha feito alguma coisa para receber.
Volto então a relatar os momentos de espera.
Como estava dizendo, o candidato a compra da casa, havia recebido
uma oferta de pagamento através de um caminhão, para que ele desse
quitação a uma divida na qual o devedor estava pagando 2% de juros
ao mês pelo debito, seria então uma forma do devedor quitar a divida,
uma forma de ele facilitar a compra da casa que ele estava desejando
e também uma forma de que eu obtivesse o tal caminhão esperado
como fonte de renda. Uma conhecidencia surgia novamente, era o
caminhão oferecido da mesma marca ano e modelo do caminhão que
eu havia vindo buscar por ocasião de minha vinda a Cuiabá,
conforme conto nas paginas anteriores, na primeira parte de minha
historia. Naquela ocasião para que não leu a primeira parte, eu havia
fechado o negocio, e ao ir buscar o caminhão, este não estava em
bom estado ao contrario do que havia sido informado pelo
proprietário do caminhão. Agora estava se repetindo à mesma
oportunidade, este era o modelo de caminhão que eu sonhara no
passado que um dia deseja possuir quando fosse me aposentar.
Mera conhecidencia seria ou não? Sempre me pergunto diante dos
acontecimentos se ali esta algo a ser percebido que seja alem do
normal ou do comum acontecer. Fiquei animado com a possibilidade.
Mas eu já estava a certo tempo distante de minha esposa e a resposta
negativa do banco havia me levado a comprar as passagens pra
minha ida a Goiânia onde estaria na companhia de minha esposa por
alguns dias e depois retornaria a Cuiabá para dar continuidade ao
negocio. Sabia que isso demoraria ainda alguns dias porque eu teria
que ver o caminhão em questão e havia sido informado que ele estava
em viagem, teria então que ter paciência por mais algum tempo.
Mais espera mais agonia angustia ou sei lá como se define isso
exatamente, sempre tive duvida em qual é o termo correto para definir
este tipo de sentimento. Mas resumindo, paciência e esperar o que
mais me restava. Estava aguardando a definição dos valores e a real
definição em relação ao caminhão em questão, para que estando
definidos todos os detalhes ou fosse chamado para ver o dito
caminhão. Passaram os dias e nada. No momento que eu estava a
caminho do aeroporto para embarcar para Goiânia, recebo uma
ligação do Junior candidato a compra da casa. Estava ele me dizendo
que estaria indo até minha casa para conversarmos e teria
continuidade a nossa negociação. Informei então que não seria
possível por estar a caminho do aeroporto, e que estaria retornando
na próxima semana. Ficou então combinado que quando eu
retornasse voltaríamos a conversar. Estando em Goiânia eu agoniado
em saber mais alguma coisa a respeito do caminhão que ele me
contou que havia visto eu liguei para seu celular. Recebi então a
informação que ele não estaria em Cuiabá na semana de meu retorno.
Ele estaria em Curitiba onde era esperado como convidado em um
casamento, e estaria retornando após alguns dias. Fiquei novamente
frustrado, teria que esperar por mais tempo novamente até a sua
volta. Ele me informou que retornaria e faria contato, passou e tempo
que ele disse que faria contato e nada. Fiquei ansioso e tentei ligar,
seu telefone estava em caixa postal, conclui que ele estaria fora da
cidade ainda. Passou mais dois dias e nada. Ainda não consegui
contato. Penso então, novamente estou à espera e nada se define, eita
espera angustiante. Tenho pedido a Deus que o que quer que eu
venha a fazer que seja segundo a sua vontade e que seja com a sua
presença. Tenho pedido que me dê a humildade para aceitar o que ele
determinar como minha futura atividade, mas que tenha misericórdia
e acabe logo com este período de angustiante espera.
Se não for para que eu compre o tal caminhão, então que Deus em
mostre o que devo fazer para ganhar a minha sobrevivência seja o
que for que seja segundo a sua vontade, mas que ele esteja comigo e
terei a paz e a segurança que estarei andando no caminho certo.
Fico pensativo tentando encontrar a direção, consultei através de
oração à bíblia formulando 3 perguntas e através de oração pedindo
a Deus a resposta para estas 3 perguntas. Pensando que no texto
encontrado aleatoriamente na bíblia ao ser aberto e apontado á um
determinado espaço ali escrito, sua interpretação pudesse me dar à
orientação desejada. Assim escrevi num papel as 3 perguntas.
A primeira seria Caminhão o que eu deveria fazer a respeito, se
deveria desistir da compra. Então abri a bíblia na seguinte parte.
Isaias capitulo 27 versículo.
Assim será perdoada a maldade de Jacó, e será este o fruto da
remoção do seu pecado.
O que devo pensar então? O que significa esta passagem obtida como
resposta? Seria uma resposta? O que você pensaria em meu lugar?
Seria uma resposta dizendo que iria dar certo a respeito do
caminhão?
Tenho tentado ligar no celular do Junior e somente ouço a mensagem
de caixa postal cheia e para tentar ligar mais tarde.
Então ai estou novamente na angustiante espera por uma definição.
Minha filha esta providenciando a mudança de sua empresa de nossa
casa, caso fosse feito a venda ela teria que buscar um outro local.
Não sendo positiva a venda da casa, eu terei que tomar uma atitude já
esta se arrastando por muito tempo este período de espera. Deus me
perdoe se estou reprovando novamente e este período esteja sendo
uma prova, se fora perseverar na espera confesso que estou inclinado
a reprovar. Tenho me perguntado o que irei fazer diante das opções
que tenho de trabalho. Mas continuar nesta agonia esta me causando
muito mal. Penso em ajudar a meu filho que também esta residindo na
casa a arranjar um local para ele morar, pois a casa seria muito
grande para ele morar sozinho, e seria ela a possibilidade de renda
para nosso sustento estando alugada. Eu gostaria que meu filho fosse
morar conosco em Goiânia, mas ele não quer, tem seus motivos.
Volta agora um antigo problema, onde ele morar com um custo ao
seu alcance, o onde alojar o seu cachorro, um pitbuul bastante difícil
de conviver com pessoas de nossa própria casa quem dirá com
estranhos. Daria para escrever uma historia ou um apêndice a
respeito deste cachorro. Quem sabe eu faça isso futuramente,
contando em outra ocasião a historia do Neo Broly o pitbuul rednosse
pirata de meu filho. Estamos agora na dependência de arranjar um
lugar para minha filha e seu escritório, para meu filho e seu
cachorro, para que eu possa alugando a nossa casa ir para Goiânia
tentar uma atividade e me manter com o aluguel até que isso aconteça.
Parei para ir ver uma casa para alugar para meu filho e ir até ao
Crea levar uma ART da obra para finalizar a parte referente ao Crea
na documentação da casa.
Ao retornar quando pensei comigo o que iria fazer naquele momento
para ocupar o meu tempo, recebo então uma ligação em meu celular.
Era a esperada ligação do Junior. Me disse que estava em Livramento
uma cidade próxima de Cuiabá e perguntava se poderíamos
conversar. Disse então a ele que poderia vir, e respondendo falou que
viria até o final da tarde e inicio da noite. Fui então lavar a calçada e
retornando para registrar aqui a ligação que havia recebido do
Junior ao ligar o monitor do computador percebo que o arquivo
estava aberto na pagina 46 sem que eu ao desligar o monitor tivesse
deixado nesta pagina.
Quando desliguei o monitor eu estava escrevendo na pagina numero
Percebe então uma conhecidencia ao ler o que estava escrito na
pagina aberta ao ter ligado o monitor, copiei e o estou colando aqui!
“””Pois então meus queridos agora são 19h10min do dia 24 de
outubro do ano de 2.009 chegamos ao momento que estou vivendo e
deixa de ser uma historia do passado e passa a ser um relato do
presente, estarei escrevendo então nos próximos dias qual foi o
desfecho dos acontecimentos.
Desejo a todos à Paz de Deus e sua misericórdia para com todos nós.
Existem aqui ainda duas paginas que o Word gerou e estão em branco
espero nelas escrever que Deus me permitiu realizar a compra do
caminhão e que esta tudo conforme era esperado e estou me dirigindo
para minha casa em Goiânia para contar mais uma benção recebida
a minha esposa. 19h17m.””””
Neste momento passaram-se quase exatos 18 dias faltando apenas
algumas horas para completar 18 dias porque ainda são 17h 58m, do
dia de hoje e no exato momento registrado anteriormente onde eu
esperava poder ir a Goiânia eram 19h 17m quando eu dizia que
esperava poder ir contar a minha esposa que havíamos recebido a
benção que esperávamos. Agora estamos em horário de verão, ainda
não estávamos no horário de verão a 18 dias atrás faltam então
exatamente 59 minutos para completar os 18 dias.
São 18h 03 m. e estou aguardando novamente a vinda do Junior.
O que será que estarei contando nas próximas linhas?
Enquanto aguardo a chegada do Junior vou contar uma experiência
vivida há poucos instantes. A todo o momento nos deparamos com
provas, como havia comentado estamos em busca de um lugar para
meu filho morar, estivemos durante o dia vendo uma casa pequena
que serviria para ele, conversamos com uma vizinha que nos deu
informações a respeito da casa e fez um comentário. Disse que a
proprietária do imóvel havia reservado a casa para um senhor, mas
que estava pensando em não manter a locação a esta pessoa, havia
até retirado a placa com o telefone, mas havia se arrependido e iria
colocá-la novamente para alugar. Comentou em justificativa à sua
atitude que achou estranho algo a respeito do pretendente. Veja só
que ironia, fomos informados de onde era a residência da
proprietária e que ela estaria em sua casa após as 18h30min. Nos
dirigimos então a sua casa e lá chegando deparamos com o dito
pretendente que ali na companhia de sua esposa também estava
aguardando ser atendido. Veja só, me pareceu uma prova, estávamos
diante de uma situação de confronto devido ao mesmo interesse que
motivava nossa presença naquele local. O que fazer então? Ficar ali
sabendo da opinião da proprietária ou a decisão que talvez ainda não
fosse definitiva seria criar uma dificuldade maior para o outro
pretendente. Ao ser percebido pela senhoria que havia outro
interessado que no caso seriamos-nós. Perguntei a meu filho que
também demonstrou seu constrangimento diante da situação o que
deveríamos fazer, ele balançou a cabeça e me respondeu que chato
né! e agora me perguntou o que faríamos, sugeri que fossemos
embora e depois tentássemos contato para saber se ainda havia a
possibilidade ou não da locação. Veja só estou registrando este
ocorrido para demonstrar como é fácil agir em interesse próprio sem
levar em conta a necessidade do próximo. Ambos estávamos à
procura do mesmo objeto que seria a casa. Mas me perguntei quem
será o mais necessitado? Seriam eles ou meu filho? Eu também
estaria obtendo uma solução ao conseguir que meu filho alugasse
aquela casa.
Mas decidimos aguardar e tentar fazer contato mais tarde, para
estando realmente descartado o outro pretendente, isso não nos pesar
na consciência como tendo sido por nossa causa que ele não houvera conseguido.
Agora são 7h 46m do dia 12 de novembro de 2.009.
Já estou a algumas horas esperando a chegada do Junior para
darmos continuidade em nossa negociação. Ontem não observei que
horas ele chegou com sua esposa, mas conversamos bastante e já era
tarde quando ele foi embora, como resultado de tudo que
conversamos ficou definida a nossa ida até a cidade vizinha de
Várzea Grande, esta cidade fica unida a Cuiabá tendo como
separação somente o Rio Cuiabá. Na proposta do Junior inicial ele
me oferecia àqueles equipamentos que eu citei anteriormente, e como
complemento estaria sendo utilizado um imóvel na Várzea Grande,
para irmos olhar este imóvel que estou aguardando a chegada do
Junior.
Mas estou registrando os acontecimentos porque estão ligados ao que
eu havia registrado a poucas paginas atrás, onde eu dizia que estaria
para desistir da espera e da tentativa em vender nossa casa.
Em minha oração eu pedi a Deus que terminasse este período de
espera. Que para ele que tem o poder para fazer tudo ou realizar
qualquer obra, que ele tivesse misericórdia e não levasse em conta
por eu estar prestes a desistir da espera, me perdoasse pela minha
pouca Fé em perseverar na espera. Que me desse à humildade
necessária para aceitar a sua vontade me dando o preparo necessário
para desempenhar qualquer atividade que fosse seu desejo para mim
designar. Mas pedi com convicção que quer seja o que fosse seu
desígnio como atividade para mim, que ele estivesse junto comigo,
que este sentimento fosse uma certeza em minha mente e em meu
coração, assim eu não teria duvidas e seguiria seguro qualquer que
fosse o seu desígnio. Então o que você que esta lendo neste momento
conclui com este relato? A poucas linhas, portanto uma questão de
horas atrás eu estava pedindo para que Deus colocasse um fim na
agonia da espera por uma definição e logo em seguida eu recebo a
ligação do Junior. O que você conclui? Seria ou não Deus agindo e
mostrando seu poder e seu acompanhamento a meus problemas.
Quem sou eu diante do criador de tudo que existe? Eu mesmo me
considero muito insignificante perante sua magnificência.
Não é surpreendente que Deus se faça notar e agir de modo decisivo,
podendo mudar em um instante nossa perspectiva de futuro, mesmo
nós perante ele sermos tão insignificantes. Só encontro uma resposta
para explicar a ação de Deus. A resposta é o Amor, o mesmo amor
que fez com que ele mandasse seu filho para sofrer por nossos
pecados e tornar possível nossa salvação e vida eterna. Que Deus
maravilhoso não é mesmo. Sinto vergonha pelo quanto somos
inseguros, instáveis, de pouca Fé e poderia ficar por um bom, tempo
enchendo linhas aqui com as nossas fraquezas e defeitos, mas ali esta
ele, Deus sempre Fiel, não desistindo nunca de nenhum dos seus filhos.
Quando um de nós se perde irremediavelmente, tenha certeza que não
foi Deus que desistiu de, mas nós é que aos poucos deixamos de lado
a sensibilidade que nos permite perceber sua presença e desta forma
nos afastamos, um pouco de cada vez até que estamos completamente
amortecidos e afastados de sua misericórdia.
Quando isso acontece termina então a nossa possibilidade de
salvação. Por este motivo devemos ficar atentos em corrigirmos
nossas fraquezas, eliminando aos poucos cada uma delas, da mesma
forma que aos poucos nos afastamos, aos poucos também vamos nos
aproximando e cada vez mais pode perceber a presença de Deus em
nossa vida.
Quisera que todos fossem suficientemente fortes na Fé desde a nossa
mocidade, assim seriamos mais úteis para a obra de levar ao próximo
o conhecimento de Deus e de sua misericórdia e Amor.
Mas que dizer senão que Deus sabe o porquê de tudo, seja então
segundo a sua vontade, se precisamos das provas então peçamos que
nos ajude a sermos aprovados, porque sem a sua ajuda certamente
não prevaleceremos.
São 8h30m estou aguardando.
Observei agora que no arquivo do Word a primeira parte da
Historia da minha vida ocupou 60 paginas.
Estou agora a seis paginas de mesmo numero de paginas que ocupei
com a primeira parte de minha historia. Espero que Deus me permita
contar nas próximas paginas o desfecho desta etapa de minha vida de
maneira que eu possa estar preparado para receber do Senhor à
benção desejada, a condição de sobrevivência com dignidade e estar
certo da sua presença nesta nova etapa possa seguir adiante com
segurança e Fé.
Percebo que não importando o desfecho dos acontecimentos atuais eu
não estarei dando por encerrado este trabalho que Deus me despertou
que é o de registrar minhas experiências vividas, percebo que esta
atitude pode ser uma forma de levar Luz ao próximo e eu não poderia
descontinuar algo que possa ser benéfico.
Glorias a Deus!
Pai Filho e Espírito Santo!
Amem.
Neste momento eu já tenho a resposta da negociação e vou relatar o
desfecho de mais uma tentativa de vender a casa.
Como estava escrito a poucas linhas a trás, havia uma proposta a ser
analisada seria a troca por equipamentos de terraplanagem e um
imóvel.
Fui então conhecer o imóvel e infelizmente, estava fora de cogitação à
troca. O imóvel até poderia ser utilizado como parte de pagamento,
mas pela metade do valor proposto. Ao ver o restante dos
equipamentos conclui que também não seria viável aceita-los.
Voltamos então ao ponto quase inicial, digo quase inicial porque na
ocasião de minha vinda para Cuiabá a casa estava necessitando ser
pintada para poder ser ofertada para locação. E agora esta pintura
esta praticamente pronta.
Estarei então me dedicando nos próximos dias a arrumar alguns
detalhes na Van para colocá-la a venda. Espero tendo êxito através
de o valor recebido conseguir sanar os assuntos pendentes para que
eu consiga quem sabe financiar o dito caminhão.
Então é isso, seja feito à vontade de Deus. 16h21m. 12/11/2009.
Hoje é 15 de novembro de 2.009 um domingo, são 17h04min.
Estou com um pouco de dor nas costas para me recuperar estou aqui
sentado e resolvi escrever mais pouco. Para ocupar o meu tempo sem
ficar pensando muito na vida tenho feito faxina na casa piscina e
quintal, e também me ocupado na cozinha, Confesso que ando meio
desanimado diante da situação.
Penso no que irei fazer e não encontro um caminho que me motive
muito.
Tenho algumas possibilidades de trabalho. Uma das possibilidades
seria dar continuidade a “Queen Of The Pantanal”  marca que
criamos para trabalhar no pantanal e tentar trabalhar com turismo.
Pensei em fazer um anuncio me oferecendo para acompanhar grupos
de pessoas para safáris fotográficos ou pesca na região do pantanal
do Mato Grosso onde estive administrando uma Pousada conforme
contei paginas atrás. Tentar não custa nada, não é mesmo?
A outra opção seria Voltar a trabalhar com comunicação visual e
buscar um parceiro para montar o laboratório de néon que possuo.
Outra opção seria trabalhar como projetista para a área de
comunicação visual, desenvolvendo projetos procurando terceirizar a
produção.
E como opção em paralelo as outras posso vender soluções para a
internet. Desenvolvendo sites conforme nossa atividade em Cuiabá
com a QG Soluções.
Não sei qual destas possibilidades seria mais interessante, talvez
acabe tentando todas ao mesmo tempo, pensando bem porque não?
Não é mesmo!
Esta semana terminei de montar todo o processo para averbar a
nossa casa na escritura, foram vários documentos que demoraram
algum tempo para reunir, depois de muitas idas a vários órgãos e
repetidos retornos a cada um deles finalmente acredito que está tudo
reunido, amanha estarei levando tudo isso ao cartório de registro de
imóveis.
Estarei então terminando a pintura e colocando a casa em uma
imobiliária para alugar. Em seguida me resta voltar a Goiânia e
tentar uma das opções ou todas para ver o que acontece.
Quem sabe seja então um destes caminhos que eu devo seguir já que
fiz tantas tentativas em comprar o tal caminhão não fui bem sucedido.
Pensei em outra tentativa para levantar o dinheiro para a compra do
caminhão fazendo uma Hipoteca de nossa casa. Mas tenho pedido em
minhas orações que Deus só me permita ser bem sucedido em um
caminho que seja para o nosso bem e que ele esteja comigo, desta
forma tenho certeza que não fracassarei. Esta pode ser a explicação
de minhas tentativas não terem sido bem sucedidas, tem insistido na
presença de Deus que ele esteja junto comigo no que eu for fazer e
que só permita o que for para o nosso bem, e posso estar errado em
querer vender a casa ou comprar o caminhão.
Tenho sido teimoso?
Vou tentar outras direções para ver na qual delas o vento do Espírito
Santo vai soprar a vela do barco.
Hoje é dia 18 de novembro agora são 18h29min.
Fizemos a hoje a mudança de meu filho Juninho para uma Kitinet fica
distante aproximadamente 1 km. De nossa casa, Estamos sem acesso
a internet, hoje deveria ter sido instalada a linha telefônica, mas
acabou ficando para amanha por isso sem telefone internet eu estou
aguardando que ele se arrume para irmos a um local onde ele possa
acessar a internet para verificar os compromissos de nossa empresa.
Será agora a oportunidade para ele administrar seus compromissos
sozinho e adquirir experiência.
A tempo ouvimos criticas de suas irmãs, dizendo que ele precisava
sair de debaixo de nossas azas, ou seja, cuidar da sua vida e seus
compromissos sem a minha interferência e de sua mãe.
Ok! Ele chegou, estou de saída, depois eu continuo.
Hoje é 22 de novembro de 09 são 19h 18min.
Fiquei quatro dias sem escrever, no dia seguinte que havíamos feito a
mudança de nosso filho minha esposa chegou de Goiânia. Ela veio
para participar de um casamento na família e passou estes dias aqui.
Seu vôo partiu aqui de Cuiabá às 13h 10m. Após uma conexão em
Brasília ela já deve ter chegado, com a diferença de fuso horário são
20h 21min em Goiânia a previsão de chegada era às 19h 30min ela
deve ter acabado de chegar em casa.
Aqui estou eu, agora sem a presença de meu filho que esta em sua
casa torna-se mais urgente à finalização desta etapa.
Espero que esta semana seja decisiva, com a ajuda de Deus eu possa
encaminhar tudo aqui e poder voltar para Goiânia.
Tantos planos eu fiz desde a minha primeira vinda e estou
praticamente no ponto em que estava quando vim para Cuiabá.
Ainda não sei o que vou fazer qual a atividade que irei desenvolver.
Quisera que isso já estivesse definido, mas ainda não esta.
Estarei terminando a pintura e fazendo uma limpeza geral e tentarei
alugar a casa. Estive pensando em tentar algumas alternativas para
viabilizar a compra do caminhão.
Esta entregue toda a documentação da casa para a averbação, então
estive pensando em fazer uma Hipoteca ou empréstimo para reforma.
Mas só em pensar em ficar aguardando novamente toda à parte
burocrática e não ter a certeza se irá dar certo, confesso que fico
desmotivado.
Deus me ajude a vencer, me dê animo para continuar e tenha
misericórdia.
Hoje é dia 05 de dezembro são 16h: 40m volto a escrever depois de
passados 13 dias sem escrever.
Deus seja Louvado! Minhas preces foram atendidas.
Estarei contando como Deus encaminhou tudo na próxima parte que
irei escrever de minha historia.
Hoje já possuo o caminhão que desejava, e posso iniciar uma nova
etapa em nossas vidas.
Deus não é homem para que minta e nem filho do Homem para que se
arrependa.
Termino esta etapa de minha Historia contando minha atual oração.
Tenho agradecido a Deus pela sua misericórdia e bondade e pedido a
ele que me conduza em minha caminhada dando-me a certeza de sua
presença em nossas vidas e nos mostrando a caminho que devemos
seguir.
Estava fazendo esta oração e tive uma visão onde eu caminhava com
meu netinho, nesta visão eu segurava sua mãozinha e caminhávamos
por uma calçada, como costumamos fazer quando ele vai junto
comigo ao mercado ou panificadora próximos de nossa casa.
Pedi então que desta forma Deus me conduzisse pela caminhada de
minha vida, segurando em minha mão assim como eu seguro a mão
de meu neto.
Senti-me no lugar de meu neto ao caminhar desejando que Deus
segurando em minha mão me proteja dos erros e fraquezas de nossa
condição humana.
Não permitindo que eu largue sua mão me segurando assim como eu
seguro a mão de meu neto para que ele não corra riscos.
Não desejo largar da mão de Deus não desejo me afastar de sua mão
e estando afastado cometer erros e sair do caminho da Luz.
Desejo a todos a Paz!

Sobre o autor

Luiz Carlos de Quadros, Nascido em 1.959.

Autônomo desde os 16 anos, pai de 3 filhos.

Avô do Vinicius e da Nicole (Da Denize).

Avô da Clarinha e do Joao Lucas (Da Gizele)

Avô do Lucca (Do Juninho).

Como disse meu filho agora sou”Penta Avô” rsrsss.

Testemunho
Um testemunho do poder de Deus!

Foto tirada das chapas de raio X da coluna vertebral em tamanho real.

O cotonete foi colocado sobre o raio X para servir como referencia de tamanho dos parafusos.

Contato
Entre em contato pelo e-mail: luizquadros@gmail.com

Sobre o Autor

foto-luiz-regina

Luiz Carlos de Quadros, Nascido em 1.959.

Autônomo desde os 16 anos, pai de 3 filhos.

Avô do Vinicius e da Nicole (Da Denize).

Avô da Clarinha e do João Lucas (Da Gizele)

Avô do Lucca (Do Juninho).

Como disse meu filho agora sou”Penta Avô” rsrsss.

Testemunho

Um testemunho do poder de Deus!

Foto tirada das chapas de raio X da coluna vertebral em tamanho real.

O cotonete foi colocado sobre o raio X para servir como referencia de tamanho dos parafusos.